Portugal-Luxemburgo: os destaques

Cristiano Ronaldo:

Já não é novidade a especialização de Ronaldo no momento da finalização. E num Mundo onde tudo pode ser vir para acusação, Cristiano Ronaldo é agora criticado por fazer golos fáceis (dizem) e converter penáltis. Já sabemos, pois, que a prestação do capitão da equipa das quinas vai ser olhada de soslaio pelos haters. São os dois penáltis e são golos de encostar. Mas num jogo onde CR7 chegou aos 115 golos pela Seleção (e superou os 800 no total da sua carreira) nem seria preciso total gratidão para relembrar as competências de um predestinado. E a dar o mote, deixamos novamente a maneira como antecede os lances, lê o espaço e ganha milésimos de segundo aos defesas. É um Luxo tê-lo cá no Burgo – e que assim seja por mais uns anos.

Fácil perceber pela posição corporal a vantagem que Ronaldo já leva aos adversários na leitura do lance. E tantos golos nunca poderiam ser por acaso.

Bruno Fernandes:

Numa prestação mais ao nível que vem apresentando no Manchester United, o médio formado no Boavista conseguiu boa parte da influência que dele se espera. Se no momento defensivo foi o primeiro a saltar para dar uma ajuda a um trio que deixa dúvidas nesse momento (ver 1.º lance do vídeo), com bola nunca se escondeu aparecendo para criar (é dele que se esperam os pontos de vantagem ofensivos do miolo luso) e também finalizar – assistiu ainda Palhinha no 4-0.

Bernardo Silva:

É outro dos acusados no rácio clube/seleção que tanto assola certos jogadores. E preso à linha as suas prestações foram decrescendo até ficar com a posição em causa. Na ordem do dia estavam as dificuldades que tem apresentando no um para um, na criação de desequilíbrios, e desta feita Bernardo tardou bem cedo de calar as vozes da discórdia. Mais ao estilo que o caracterizou quando apareceu ao mais alto nível, o 10 não se fez rogado e foi para cima. Sendo que naquela posição a sua única saída é encarar, fixar, driblar (ou soltar) ficamos agradecidos por Bernardo ter finalmente escolhido a opção de serpentear para criar. Um registo que à medida que o jogo foi ficando sentenciado foi sendo trocado pela pausa e pelo toque habituais – o que se afigurou perfeitamente normal mas não deixa esquecer que a posição que ocupa precisa de mais rasgo, de algo mais parecido com a sua entrada neste jogo.

João Palhinha:

É absurdamente eficaz no momento defensivo e seria um crime lesa-pátria colocá-lo aqui só pelo golo marcado. Sim, Palhinha não estorva no momento ofensivo (e está cada vez melhor também aí, como indicam as poucas bolas perdidas e as mudanças de flanco operadas com sucesso) mas quando a equipa precisa da bola o médio do Sporting torna-se um monstro. Uma delícia para quem tem de ter a redonda muito tempo nos pés, sabendo que pode arriscar que ele, João Palhinha, está lá para a recuperar. E com ele as posses adversárias são (muitas vezes) armas… a nosso favor. Absolutamente incrível. Tanto que já ninguém se surpreende que Danilo e William Carvalho sejam segundas opções.

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