Festa no chiqueiro!

Mais um título palmeirense sob o comando do treinador Abel Ferreira, um dos poucos que faltavam, o campeoneonato Paulista, atingindo a marca de 5 títulos, 9 finais disputadas em 17 meses de trabalho, apenas atrás de Luiz Felipe Scolari, que é recordista de decisões, com 10. Para muitos e até mesmo para o ex treinador da seleção portuguesa, Abel Ferreira já é o maior treinador da história do Palestra Itália, como o mesmo se referiu,”falo de coração, para que toda a gente saiba. O Abel Ferreira é o maior treinador da história do Palmeiras. É o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas”, em entrevista a “Cabine Desportiva”.

A final foi realizada em dois jogos, a primeira no Morumbi, tendo o resultado favorável a equipe da casa. O São Paulo foi para o jogo organizado em um 4-4-2, alternando para um 4-1-3-2 sem bola. As estratégias adotadas pela equipe do Cícero Pompeu de Toledo para conseguir bater o Palmeiras, foi realizar uma marcação individual no Raphel Veiga (jogador mais adiantado do meio da equipe palmeirense), sendo encarregado para esta tarefa o Pablo Maia. Além disso, trouxe problemas ao Palmeiras por meio da marcação alta, apesar de não ter surtido nenhum efeito no resultado, tentou igualar numericamente por meio de perseguições médias, para forçá-los a se livrarem da bola. Já a pressão pós perda do São Paulo foi muito bem feita, conseguindo anular boa parte das transições ofensivas da equipe adversária.

No que se refere a fase ofensiva da equipe mandante, tentou progredir em campo por meio do camisa 9, Calleri, que era acionado várias vezes, seja por bolas longas ou passes curtos ou média distância, com a finalidade de realizar o pivô e procurar alguém em desmarque, além disso, caso não conseguisse reter a posse, o São Paulo tinha o objetivo de ganhar a segunda bola. Mas o que realmente desestabilizou a defesa palmeirense foi as jogadas individuais pelo lado esquerdo, com Alisson e Wellington, que por vezes realizavam cruzamentos ora direcionados para fora, ora para dentro, ganhando com isso um penâlti e um gol. O terceiro tento foi marcado por meio de escanteio/canto.

Acerca do jogo de volta, a equipe palmeirense, empurrado pela torcida, conseguiu fazer um feito histórico, reverter um resultado de 3 gols de diferença e ainda golear o rival em casa. Mas o que o palmeirense adotou de diferente para se sagrar campeão? O Palmeiras novamente foi postado em um 4-2-3-1, variando para um 3-4-3 com bola. Começou o jogo muito mais agressivo, podendo colocar em conta o fator psicológico pela busca do resultado a qualquer custo. A equipe alviverde subiu suas linhas de marcação, com Rony tirando linhas de passes dos centrais/zagueiros e os demais realizando uma perseguição média aos jogadores rivais. Além disso, a volta de Danilo, que não participou do primeiro jogo foi significativa, conseguiu reforçar o lado direito direito do Palmeiras, realizando bem as coberturas nos intervalos entre centrais-laterais, dificultado a entrada do São Paulo pelo lado esquerdo. A marcação realizada em toda parte do campo era a mesma, pressionar o portador da bola, tampar linhas de passes e se necessário, quebrar a linha para realizar a pressão.

Por fim, o ataque palmeirense também não abandonou em nenhum momento suas ideias. Desde o primeiro jogo o Palmeiras já havia cobrando cantos/escanteios curtos, seja com uma jogada ensaiada ou para tentar desestabilizar a linha de defesa adversária no contramovimento, sendo feito ao menos 4 insistências (contando os dois jogos), enfim conseguiu abriu o placar em casa com esta jogada. Outra situação, foi a maior movimentação do Veiga no campo, para tentar atrair a marcação individual e abrir espaços para os jogadores do meio infiltrarem e atacarem o espaço deixado pelo médio centro do São Paulo, culminando no 2º gol, uma jogada típica do Palmeiras o passe para trás após ganhar a linha de fundo. O Palmeiras começou a apostar menos em bolas em profundidade para o Rony (que saiu no 1º tempo) e deu prioridadade as jogadas pelo lado direito em velocidade com Dudu, realizando o 3º gol, com Veiga atacando o espaço (o que é frequente nos jogos do Palmeiras) deixado pela defesa tricolor. Vale ressaltar, a maior participação ofensiva do Marcos Rocha neste jogo em relação ao Piquerez (LE).