
Não tem de ser o problema que demasiadas vezes se pretende fazer passar. Mais do que o sistema táctico, é tudo uma questão de dinâmica.
No FC Porto tem sido um problema porque nem sempre bem interpretado (responsabilidades apontadas a treinadores e jogadores?). Um duplo pivot a meio campo não implica necessariamente que os médios mais recuados joguem de forma paralela. É tudo uma questão de dinâmica. A posição 6 poderá estar sempre ocupada. Bola no corredor direito defensivo e o médio centro direito mais pressionante, com o médio centro esquerdo na diagonal em cobertura. E vice-versa do lado oposto. O problema surge quando os médios mais recuados defendem na mesma linha e não controlam os apoios frontais do avançado, ou o espaço entre sectores à frente dos centrais onde aparecem os médios mais ofensivos da equipa adversária, tal como mostramos há uns posts atrás no golo de Rodrigo Moreno no Estádio da Luz.
Ofensivamente poderá colocar-se a questão das linhas de passe. Mas, também essa é facilmente contornada com a dinâmica imposta. Um médio mais baixo, outro a funcionar como interior, e o outro espaço interior onde aparece ou o dez, ou o extremo, e não só há sempre linhas de passe, como a equipa tem dinâmica na sua movimentação para criar dificuldades aos adversários.
Quintero terá previsivelmente demasiadas arestas para limar. Não vale a pena culpar o treinador pela sua não utilização, porque se tal acontece, é apenas porque o jogador nas suas decisões ainda não mostrou conhecimento suficiente sobre o que se pede. Todavia, conseguindo trazer o colombiano para o jogo colectivo, quem sabe não estará nele a chave da época portista? Um extremo que procura as zonas interiores à semelhança do que fazia James.
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