
O Dortmund de Klopp, longe do fulgor que o caracterizou nas últimas quatro épocas, não vai deixar o Real Madrid relaxar. É preciso dizer que Klopp tem tido uma época com muitas lesões, principalmente na linha defensiva. Estando a equipa na máxima força, e sabendo que em termos de organização Klopp é dos melhores treinadores europeus, perspectivam-se dois grandes jogos. A organização, agressividade posicional, e agressividade com bola são marcas do treinador alemão.
O PSG tem a oportunidade perfeita de mostrar o quão evoluídos estão como equipa. No início da época (na altura em que defrontou o Benfica) não impressionavam pela qualidade do seu modelo de jogo. Têm grandes individualidades, é verdade, e têm um modelo de jogo trabalhado. Mas não creio que neste momento sejam colectivamente tão fortes e dominadores, que sejam favoritos à conquista da taça. Sobretudo pelas ideias com que a equipa joga. Poderá durante esse período ter evoluído, e mesmo que não o tenha feito, as suas individualidades vão-nos proporcionar grandes momentos de futebol.
O Chelsea de José Mourinho, defensivamente parece bastante forte. Dependendo, depois, sobretudo, dos momentos de inspiração de William, Hazard, e Óscar. A organização ofensiva da equipa blue, que no início da época dava sinais de poder evoluir positivamente (com apoios frontais dos extremos e com os laterais a servirem essencialmente para dar largura, voltando a meter a bola dentro) parece ter-se descaracterizado novamente, em nome de vitórias que Mourinho dizia não serem o objectivo desta época. Foram demasiadas as vezes que a equipa alterou o padrão, que o treinador português dizia querer, para que os princípios não se modificassem. Hoje, Mourinho constrói mais uma equipa onde a principal figura é ele. Não o que os jogadores apresentam em campo, como modelo comportamental trabalhado durante o ano. A equipa não sobressai pelo seu modelo de jogo, sobressai pela figura do treinador. O maior perigo, aliás, deverá vir disso mesmo. Daquilo que Mourinho poderá ou não “inventar” do ponto de vista estratégico.
O Manchester United era a equipa que todos queriam. Muito mal orientado, com uma organização colectiva muito desorganizada, com uma forma de atacar igual ao que se fazia no século passado, e com muito talento desperdiçado por um treinador sem ideias para sobreviver no futebol moderno. Moyes é em tudo mau.
O Bayern de Guardiola é a equipa mais forte da prova. Se conseguir voltar à qualidade que já demonstrou este ano, dentro das ideias do treinador, será inultrapassável. Contudo, a equipa tem revelado dificuldades que não esperava para esta altura da época. Quando pressionada, a linha defensiva, as dificuldades são imensas. Será que a falta de vivências regulares, em competição, de comportamentos pressionantes por parte dos adversários, está a causar essa menor confiança e insegurança com bola? Ou será que a cultura alemã estará a influenciar, no mau sentido, tudo o que Guardiola quer para o seu Bayern? Não obstante disso, com maior ou menor dificuldade, acredito que estarão na final.
O Barcelona é para mim, o segundo maior candidato à conquista da prova. Com maior ou menor dificuldade, deverão, também, ultrapassar esta eliminatória. É a equipa mundial onde a maior parte dos jogadores tem índices de tomada de decisão estratósféricos. É uma equipa que actua normalmente com 10 jogadores criativos em campo (Excepção feita ao Mascherano). E é uma equipa que conta com o melhor futebolista da história. Os princípios de jogo não são os melhores, na defesa, ou no ataque e isso não pode ser ignorado.
O Atlético de Simeone, continua com índices de competitividade muito elevados. Não nos proporciona grandes momentos de futebol, e é uma equipa que vale pela atitude competitiva, pela garra, agressividade (sobre o homem) e pelo grande esforço de concentração que os seus jogadores fazem jogo após jogo. Simeone não encanta. Mas vai conseguindo resultados, fruto de uma organização defensiva trabalhada, a defender com linhas baixas, e com saídas rápidas para a transição ofensiva. Muitos golos também conseguidos em bolas paradas e com o aproveitamento de erros individuais do adversário.
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