
Artur. Tudo o que se possa dizer será pouco. Não foi só a bola que entrou, ou aquelas palermices nos cantos que todos conseguem perceber. Há também a falta de categoria gritante no ajustar com a profundidade da equipa (viu-se Jardel a fazer sprints para trás para cortar para fora bolas na área, quando era o guarda redes quem tinha de estar posicionalmente preparado para agarrar os lançamentos na profundidade adversários). Já valeu vários títulos a adversários. Hoje foram pontos.
Eliseu. Grande exibição defensivamente. Cada vez mais dentro das ideias da equipa, a funcionar como interior esquerdo quando bola no corredor direito e como ala esquerdo quando bola no corredor central na fase de construção. Forte no 1×1 defensivo, e com boa qualidade técnica para sair para o ataque. Prova a cada jogo porque tanto se insistiu na sua contratação.
Jardel. Ao nível a que chegou o SL Benfica nos últimos anos, é um downgrade. Não tem saída de bola com qualidade e nos jogos de maior competitividade tal nota-se. Defensivamente é de uma enorme competência. Todavia, as dificuldades técnicas fazem-se sentir. Seria um terceiro óptimo defesa central.
Talisca. Uma das boas exibições. Tem mostrado mais argumentos mais próximo da baliza adversário que mais atrás, ainda que todo o seu potencial indicie que deve ser trabalhado para ser médio. Sobretudo porque mais adiantado pode assumir mais o risco sem que a gravidade das consequências da sua acção se faça notar, como no jogo do Bessa.
Sálvio. Entre o péssimo e “frisson”. É imparável no 1×1 ofensivo e muitas das jogadas perigosas do SL Benfica crescem pela sua qualidade técnica e física. Porém, joga sozinho, força o 1×2 e o 1×3 vezes sem fim, e quando a bola chega a si, demasiadas vezes sai para transição ofensiva do adversário. Difícil para uma equipa assumir um jogo em organização quando um dos seus elementos dá tantas e tantas e tantas vezes a posse. A finalizar onde costuma ser o mais competente dos encarnados, não foi feliz e perdeu diversas bolas de golo.
Sarr e Maurício. Péssimos. Relembre as dificuldades de Jardel e junte-lhe a incapacidade para perceber as situações de jogo e como adaptar a elas em termos defensivos. Os centrais do Sporting são uma tragédia à beira de acontecer. Só físico e zero de qualidade técnica e táctica.
William. Não começou ao seu nível nas saídas para transições. Melhorou na segunda parte tecnicamente. Enzo não o deixou ter bola e acabou por se notar mais no trabalho defensivo.
Nani. Grande qualidade. Tirar-lhe a bola não parece ser possível, então há que aproximar para o impedir de ir para cima. O português não deu tanto nas vistas como Sálvio, porque… foi bastante superior. Analisa e decide. Dá sempre seguimento. Prende, simula, conduz, fixa, solta sempre bem. A meio gaz percebe-se que está muitos níveis acima dos que o rodeiam.
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