
– A importância da vitória: “Uma equipa que joga bem e não ganha vai deixar de jogar bem”. É muito isto, este início de época. É o não deixar fugir as expectativas iniciais, e procurar construir um modelo em cima de vitórias. Para que os jogadores sintam mais confiança no processo, para que a aquisição dos comportamentos pretendidos seja mais fácil e célere.
– Rui Patrício. Fenómeno no 1×0. Haverá algum jogo onde ele não tire duas, três bolas de golo ao adversário? Haverá algum jogo onde ele não seja absolutamente decisivo para um resultado positivo do Sporting? Anseio por esse dia.
– Nani. Mais do mesmo. Num campeonato de pinos, demasiado fraco o estímulo competitivo para um jogador desta qualidade. Resta saber como será o seu rendimento no futuro, num contexto onde os pinos se movem um pouco mais.
– Maurício. Contenção. Ahn?!
– Montero. Poderá com o fantástico golo que marcou ter ganho a confiança necessária para se assumir de vez no onze do Sporting. Resta saber se o treinador lhe dará confiança para isso, ou se continuará a queima-lo na primeira oportunidade que surgir. Para já, parece-me que o seu treinador continua a remar no sentido contrário ao dele, e ao que ele precisa: “Um avançado vive de golos, embora seja tecnicamente evoluído e trabalhe muito para a equipa. Era muitas vezes notícia a falta de golos e isso mexia com ele, pelo que é importante que os golos apareçam”
Marco Silva
Marco Silva
– Marco Silva. Ouvi-o, pela primeira vez, falar dos erros de posicionamento que o Sporting tem tido. Interpreto isso como um sinal de que está a trabalhar para os corrigir. Urge corrigir as avenidas que o Sporting tem permitido aos seus adversários, pelo mau controlo da profundidade da linha defensiva, pela dificuldade em controlar o corredor central por ter extremos que ficam na frente quando a bola está do lado contrário, e um médio ofensivo que não chega a tempo depois da pressão nos centrais. E aí, chegará o dia em que Rui Patrício não será mais fundamental. O maior desafio do treinador do Sporting é o de retirar o protagonismo do seu guarda redes.
– Conversa de café. Fala-se em maior controlo emocional, em melhor gestão das expectativas, em maior controlo do jogo quando se consegue uma vantagem daquelas. Tudo muito fácil. Mas qualquer equipa que não esteja habituada às andanças europeias vai sempre ter essa dificuldade. Sobretudo porque no seu contexto competitivo tem apenas 4,5 jogos ao nível do que se exige na Europa. O problema é o foco. Tem um estímulo competitivo muito forte ao nível europeu, segue para o campeonato e consegue uma vantagem confortável ao intervalo: nem o mestre Mourinho os impediria de descomprimir. Há muita coisa que os treinadores não controlam, e a concentração/descompressão e a cabeça dos jogadores é deles, e de mais ninguém.
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