
Sobre o jogo, só vi a primeira parte. E o Maldini só viu a segunda. Mas do que vi, do resumo da segunda parte e tendo eu visto a primeira: quantas ocasiões de golo teve o Zenit? Quantas ocasiões de golo teve o Benfica? Tendo em conta a qualidade individual do outro lado, onde só entravam Enzo, e talvez J.César e Gaitan, o Benfica fez ou não mais do que a obrigação, que era tentar competir com uma equipa bastante superior? Do que eu vi, teve, pelo menos, as melhores ocasiões para marcar e em mais quantidade.
A questão que ficou – Numa altura em que dominava o jogo, Jesus abdicou de um elemento do meio campo e colocou um avançado – mas se o domínio do jogo se deveu a essa presença de mais um jogador no meio campo, por que é que esse mesmo domínio não existiu na primeira parte?! E quem é que disse que Talisca não estava a jogar com o mesmo posicionamento que Lima adoptou, depois da entrada de Derley?! E de onde é que veio a ideia de que o golo surge por falta de homens no meio, ou falta de mais uma unidade defensiva no controlo do meio campo do Zenit?
Para desmontar o golo, chamei André Almeida para explicar o que aconteceu nesse lance:
PS: E um pequeno bombom para os adeptos do Benfica, que muito adoram a história, e estatística.
– Antes da chegada de Jesus. 15 anos e 5 entradas na fase de grupos da Champions.
– Depois da chegada do mau treinador ao nível da Europa, 5 anos e 5 entradas na fase de grupos da Champions.
– Antes de Jesus, 15 anos e 1 campeonato. 10 classificações abaixo do segundo lugar. E se quisermos igualar o registo de Jesus, vamos ao décimo sexto campeonato. Mas seguindo até ao décimo oitavo os números continuam iguais, ao décimo nono é superado.
– Depois de Jesus 5 anos 2 campeonatos. Sendo que Nunca ficou abaixo do segundo lugar.
Fala-se do Benfica como um clube de grande tradição europeia, mas não o é. Com a televisão a cores pelo menos não. Fala-se de um clube grande em Portugal, mas as classificações, até então, eram de um clube de segunda linha mesmo no nosso pequeno país. Eu não me lembro de um Benfica grande, sem ser com a televisão a preto e branco. Jesus compete onde deve competir, nas competições internas. Outros preferem quem compete na Europa, por preparar um modelo para essa prova, e depois no ano seguinte têm sérias dificuldades em entrar na prova para o qual tanto se prepararam. Espero com ansiedade o momento da saída de Jesus da Luz, por saber que será muito difícil para o próximo que vier. A história e a competência de Jesus assim o dizem.
Deixe uma resposta