
– Primeira parte fabulosa de William Carvalho, contrastando com Adrien. Um recuperava e entregava sempre com uma qualidade incrível. Adrien até na condução demonstrava lacunas. Dos seus pés, a bola seguia sempre para os rivais e se o Sporting na primeira meia hora conseguia sempre sair em construção, nunca criava pela falta de qualidade do seu médio mais móvel;
– Excelente Lopetegui na decisão de lançar Tello. O Espanhol é extraordinário nas demarcações de ruptura. Não é só a velocidade mas também os timings e movimentos. Contra um rival incapaz de controlar o espaço nas costas, Tello apenas cumpriu algo que se poderia prever. Três golos em 1×0;
– Jackson. Melhor que Falcao. É o ponta de lança perfeito. Fabuloso em todos os momentos, em todas as fases;
– Tobias Figueiredo. Assustador. A análise cinge-se apenas ao clássico. Ai, Tobias foi confrangedor. Ora tropeçava, ora era contornado como se nem estivesse por perto. Terrível com bola. Mas, foi nos posicionamentos que maiores lacunas evidenciou. Fica o terceiro golo como amostra. Faz o passe para o jogador do FC Porto e continua imóvel até ver que a bola ia entrar em Tello. Como se o posicionamento defensivo fosse igual ao ofensivo. Como se o posicionamento defensivo com bola no corredor lateral fosse igual ao com bola no corredor central. Foi a última pessoa do planeta a perceber o que se estava a passar, sendo incapaz de controlar o espaço nas costas. A bola mudou de posse, na posse mudou de jogador, mudou de espaço e Tobias ficou sempre imóvel como se de um expectador se tratasse;
– Comportamentos colectivos da última linha do Sporting a revelarem-se muito maus nos jogos cuja velocidade a que as situações se sucedem foi muito mais rápida. Marco Silva disse pós Wolfsburg que treina muito defensivamente os lances em que sofreu golos, sugerindo insuficiências individuais dos seus defesas. Sacudir água do capote? Culpas repartidas por ambos?
– Nani sem bola e com bola sem criar. Apenas preservar. Danilo e Alex são do melhor que há pelo mundo nas laterais defensivas.
– Os golos do FC Porto a sairem pelo corredor central, onde podes jogar em qualquer lado, crias a dúvida e aumentas a dificuldade no posicionamento adversário. Mas sempre em momentos muito específicos e não contra a habitual organização defensiva adversária, com mais de uma linha entre bola e próprio guarda redes.
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