
O que vale é que ainda há jogadores que conseguem pensar pela própria cabeça, e fugir dos constrangimentos que a era da organização trouxe. A capacidade para saltar fora da caixa, encontrar soluções novas, utilizar recursos técnicos de grande qualidade na altura certa, o atrevimento para criar uma saída onde ela não existia, o improviso, isso é futebol. Isso é Ronaldinho, isso é Thiago. Enquanto Ronaldinho vai embora, Thiago cresce para nos alegrar nestes dias em que os estádios gritam por treinadores, porque colectivamente a equipa não tem a qualidade e individualmente não existe liberdade para nos divertir com bola. Num tempo em que se pensa que o futebol é um jogo que se joga sem bola, em que a maioria acredita que existe uma solução defensiva para cada jogada ofensiva, é de admirar ainda mais quem faz por tentar trazer o futebol de volta ao que sempre foi – um grupo de meninos a divertir-se com uma bola.
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