
O espanhol (etiqueta aqui) foi um dos jogadores mais encantadores que pisou os relvados portugueses na última década. Pela sua tomada de decisão, naturalmente.
A prova de que o factor diferenciador no futebol moderno é a cabeça, a percepção e a inteligência, bem mais que as capacidades condicionais. Naturalmente que mais rápido, mais forte e com mais e melhor qualidade técnica, Nolito seria ainda melhor. Mas com tudo isso, sem a tomada de decisão seria apenas um entre milhares. Mais um Salvador Agra dos relvados europeus.
Desde a primeira aparição que se percebeu que era diferente. Todas as suas decisões sempre a aproximarem a equipa do sucesso. A procura pela opção interior. Pelo colega dentro e enquadrado com última linha. A forma como vê tudo. Das situações de jogo, aos colegas e até como joga com os apoios dos adversários para definir timings para prender ou soltar. Tudo em Nolito impressionava, sobretudo numa Liga pouco acostumada a ter jogadores deste calibre. A bola que sai sempre para onde deve no tempo e espaço correcto. Sem bola, sempre a mostrar-se. E a recepção, sempre enquadrando a um toque. Do mais veloz no raciocínio que por cá passou. Mesmo que na passada não o fosse.
O seu regresso à catalunha como que a simbolizar a vitória da decisão sobre a velocidade, a força e a correria. A saída de Barcelona e Benfica como opções próprias. Todavia, próprias de quem sentiu o espaço encurtar porque Guardiola ainda que com um plantel fabuloso guardava pouco tempo para si e apostaria em Tello. No Benfica, e após a época em que mais jogos somou na sua carreira, a chegada de Salvio retirou-lhe o espaço que merecia. Hoje Tello está no FC Porto, Salvio no Benfica. Nolito depois de chegar a internacional regressa ao campeão europeu.
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