
Ideias muito ofensivas as da equipa de Valverde. E bem definidas. O 4231 com um avançado de grande qualidade na finalização (Anduriz) e um segundo que se encosta para ligar com o primeiro. Construção a cargo dos centrais e do duplo pivot do meio com laterais muito profundos e em largura permitindo aos extremos jogar dentro e nas costas dos médios adversários. Comportamentos muito interessantes em organização ofensiva, com a presença dos quatro entre linhas, sempre capazes de combinar.
É na transição defensiva que se concentram as maiores duvidas sobre o modelo de Valverde no Athletic. Coloca muita gente demasiado à frente da linha da bola, e a cada perda, é forçado a defender com poucos elementos, porque a ajuda demora sempre bastante a chegar. Em organização defensiva junta linhas e concede poucos espaços. Está num grande momento e em casa deverá cavar a vantagem para o rival.
Gary Neville sem mudar o sistema que herdou de Nuno. Parte de um 433 para uma dinâmica que deixa sempre o sistema bem vincado pela escassa mobilidade. Interiores com movimentos apenas verticais para dentro do bloco adversário, voltando para pedir no pé. Extremos quase sempre fora, apenas a aparecer dentro esporadicamente. Em organização valem as boas ideias de André Gomes que liga com Paco Alcácer, e a profundidade que Siqueira e Cancelo dão aos corredores laterais. Defensivamente pouca articulação entre centrais e laterais. Muitas perdas em zonas de potencial perigoso grande e uma falta de agressividade na ocupação do espaço e na saída ao portador deixam os adversários sempre confortáveis. Perante o poderio ofensivo do adversário, muito complicado sair vivo de San Mamés.
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