
“Por exemplo, em Itália temos um déficit de talento comparado com alguns anos atrás. Há alguns anos que fazemos sempre a mesma pergunta e em vez de darmos uma resposta estamos cada vez pior. Não é fácil. Nas camadas jovens devemos trabalhar e investir bastante nos treinadores porque podes ter espaços fantásticos de prática mas se não tens bons treinadores, qualificados e competentes, não tens como melhorar os jogadores. Em Itália isto é subestimado demasiadas vezes. A este nível contrata-se o treinador que custa menos…” Antonio Conte. Entrevista à Aspire.
Por cá o desprezo e falta de estatuto com que todos os agentes, e sobretudo os clubes encaram o treinador de jovens (e quanto mais baixo o escalão, mais tal se acentua) não demonstra somente como não se percebe o seu grau de desmedida importância. Não há topo sem base. Mas é também um factor mais, tido em conta por tantos e tantos treinadores na hora de planear. Mostrar resultados. Mostrar processos colectivos em vez de potenciar individualidades, sempre com o intuito de subir na hierarquia. Um efeito bola de neve que somente encontrará o seu caminho quando começarmos a tratar da realização pessoal e profissional dos nossos treinadores de jovens. São eles que guiam todo o nosso futebol. Mesmo que tantos não o percebam. Há que os incentivar, educar, formar e… premiar!
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