A finalização de Carrillo é do tamanho da classe que o peruano tem. Um extremo que como poucos controla o ritmo de cada lance em que intervém. Um entendimento dos timings de cada situação quase invulgar em jogadores nascidos e criados no corredor lateral.
Há porém, todo um trabalho de qualidade imensa nas decisões que antecedem o momento da finalização. De Nélson, que continua a desequilibrar ofensivamente os jogos pelo seu critério, que associando-se a Zivkovic ultrapassa primeiro adversário. Com mais espaço ultrapassa o segundo e conduz na direcção do corredor central, tal como se impõe sempre que há espaço dentro. O timing do passe para Jonas, atraindo central ao avançado, abrindo ainda mais espaço do lado esquerdo. E o momento que permite a Carrillo surgir em 1×0. A forma como Pizzi joga com a oposição. Desde o primeiro momento que imaginou fazer a bola chegar ao peruano. Havia, porém, que lhe dar as melhores condições para poder fazer a diferença. Como? A um toque recebe e orienta corpo dentro, obrigando defesa que já adivinhava bola a entrar em Carrillo a travar / abrandar. Travou. Saiu o passe. E agora defesa a ter de voltar a “arrancar” para chegar ao peruano. E portanto, a perder tempo para se poder colocar entre bola e baliza.
Pequenos pormenores que aumentando a imprevisibilidade do caminho a tomar, porque orientou corpo para ir para a baliza, permitiu espaço para o colega.
Aquele abrandamento da perna esquerda do defesa fez o golo. Ou melhor, o que o provocou.
estará de volta o melhor Carrillo?
já em jogos anteriores se notou a qualidade de Carrillo, mas para a esmagadora maioria dos adeptos de futebol em portugal, o extremo deve fazer correrias loucas e dribles mesmo que essas ações não tenham qualquer efeito prático, Carrillo é mais refinado e por vezes tem ações no jogo de grande qualidade mas não saltam à vista do comum dos adeotos.
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