Pela primeira vez nas últimas grandes competições, a selecção do Brasil voltará a assumir um papel entre as mais favoritas ao título mundial.
Não tem a qualidade táctica da selecção da Espanha e da Alemanha, equipas capazes de serem competentes em todos os momentos do jogo, e preparadas colectivamente para dar respostas quando têm a bola e quando não a têm, ou o poderio defensivo da selecção francesa.
Tem, contudo, uma organização defensiva e um entendimento do jogo sem bola como nunca antes, que lhe permitirá partir da sua organização sem bola para o desequilíbrio com bola. Numa competição que se tornará a eliminar, defender bem e beneficiar do talento a rodos das suas individualidades é mais do que suficiente para se candidatar ao título mundial.
Em transição ofensiva, não haverá quem possa apresentar mais qualidade que a selecção brasileira, pensando não só no momento em que reage ao ganho da bola, saindo com vantagem da zona da recuperação, mas ligando sucesso na primeira etapa da transição ofensiva, com a qualidade a sair em ataque rápido, e posteriormente a definir na zona de finalização.
É em organização ofensiva que os comportamentos tácticos da equipa de Tite, pecam por ser pouco ousados, e fazerem depender em demasia da qualidade individual, o possível sucesso de cada ataque. Envolve muitos jogadores em zonas baixas, e depois ataca com poucos nas zonas de criação. Um modelo que sem alguns dos melhores e mais talentosos do futebol mundial, estaria condenado ao insucesso. Todavia, se há quem se mostre capaz de resolver problemas grandes de inferioridade no momento em que tem a bola, essa equipa é a selecção brasileira. Seja no drible, seja nas pequenas associações que dois ou três jogadores formam entre si.
A canarinha com bola e sem bola:
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