A analogia de Carlos Carvalhal sobre a estratégia adoptada no jogo com o Liverpool foi mais do que perfeita.
Referiu-se a um Ferrari que não anda no tráfego de Londres.
Perfeita porque é precisamente de um Ferrari que se trata o estilo de jogo do Liverpool de Klopp. Uma equipa tremenda com espaço para correr.
Aproveitámos bem o contra ataque
Jurgen Klopp, no final da partida de ontem
O FC Porto não foi nunca capaz de retirar do jogo o momento em que os reds tão gostam de jogar. Falou do corredor central como passagem para evitar perdas em zonas proibidas, o treinador do FC Porto. Faltou, porém, equilibrar a equipa de forma diferente à que faz na realidade nacional. Se por cá os equilíbrios a dois têm sido suficientes (embora já na partida com o Sporting tenha por cá sido mencionado a quantidade de ataques rápidos prometedores que o FC Porto consentiu), num jogo contra uma das mais poderosas da Europa a sair após o roubo de bola, teria feito todo o sentido estrategicamente adaptar o posicionamento dos equilíbrios. Não somente para encurtar o espaço entre defesas e médios, mas sobretudo mudando o posicionamento em organização ofensiva dos laterais, para dar outras respostas na transição defensiva. Quis abrir o jogo, mantendo identidade, e foi abalroado.
No fundo, faltou criar um pouco mais de tráfego que não oferecesse ao Liverpool o tipo de jogo em que se sente totalmente confortável.
Mas até ao primeiro golo do Liverpool, o Porto foi até demasiado temeroso, adoptando um bloco medio-baixo e ofensivamente os posicionamentos eram mais conservadores. Foram esmagados por via do que justificas, mas antes disso já era evidente a superioridade do Liverpool. Eu focaria mais o ponto das escolhas dos jogadores do que a estrategia. Conceição tem feito algumas coisas bem, mas onde cada vez mais ele parece estar em perda, é na capacidade para avaliar a qualidade individual. Já existiam as ausências forçadas (Aboubakar, Danilo e Felipe são insubstituiveis ali…Reyes é muito macio para estas andanças e nunca será um central de eleição pela exasperante lentidão.Sobre os outros 2 nem preciso justificar). Some-se a isso a incapacidade para ver que Corona e Oliver são infinitamente superiores a jogadores como Marega e Oliveira e está quase tudo explicado. Marega, um monstro fisico, quando se depara com jogadores igualmente competentes do ponto de vista fisico acrescenta tanto à equipa como um equestre acrescentaria. Quando um treinador tem como jogador ofensivo de maior confiança, o jogador ofensivo “estrela”, alguem como Marega fica quase apresentado e tudo o resto parece cair em descrédito.
E os “avançados” do Liverpool cometeram uma grande quantidade de erros técnicos e de decisão, se não o têm feito isto ia para números monstruosos.
Boas Pedro, mas que alteração fazias relativamente ao posicionamento dos laterais? Eu penso que a quase constante superioridade numérica em corredor central e na linha média, associando a diferença individual dos médios do Liverpool é que criou esses tais desequilíbrios
O tradicional um vai o outro fica já tinha ajudado a defender os c.ataques… eles sao tao rapidos que com os 2 muito altos… nunca chegavam pra vir defender… eu concordo contigo sobre a causa de acontecer… sobre isso o proprio SC disse q foi um jogo mau de alguns elementos pq n queriam usar o CC para furar precisamente por causa disso… mas se tivesse mais um elemento em equilíbrio (ja seria qs obrigatório contra o Liverpool… mais ainda sem Danilo) próximo dos 2 DC nao teria permitido tanto perigo..
Ate num pontapé de baliza longo do FCP o Liverpool chegou quase ao golo… incrível!!
Má abordagem tática ao jogo. Uma ideia de jogo pouco ampla deste FCP.
Estranha-se jogadores de tanta qualidade técnica como Oliver e Corona estejam constantemente de fora.
A saída de Layun a meio da época com a Lesão de Danilo também parece algo inexplicável.
Penso que teria sido melhor aproveitada a inteligência tática do Ricardo Pereira no meio juntamente com o Sérgio num duplo pivot apoiado por Herrera
O Liverpool sufoca todos os adversários (muitas vezes sem grande organização, mas sufoca e quer sempre sufocar) e também tem uma série de combinações preparadas – o portador da bola tem quase sempre vários apoios para rodar/combinar/criar. É um modelo de jogo que eu aprecio bastante, corajoso, que nunca se esconde, que não se adapta aos adversários e que dá espectáculo. Depois têm faltado os títulos mas vão chegar, caso não hesitem neste caminho. O SC anda a ver muitos filmes e às vezes, porque noutras é só paulada, acha que é da mesma estirpe. Com Sérgio Oliveira, Danilo, Herrera, Marega, Telles, Felipe, Reyes – dez coxos num modelo brutamontes e o Oliver no banco.
Os “coxos” têm chegado para estar á frente de um dos melhores plantéis e modelos de jogo de todos os tempos, onde até um génio como o André Almeida parece um jogador banal, tal é a qualidade que por lá abunda. Isso e para não ser o pior cabeça de série de sempre da UCL.
Qualitativamente os dois plantéis nem se comparam, mas foi mesmo muito fácil para o Liverpool fazer mossa. Revisto o jogo, com menos pressão deste lado e menos vontade do outro, ainda dá para limpar a imagem na segunda mão.
Só um aparte, a VCI estava impossível ontem, podia vir o Guardiola com os craques que quisesse que não passava ninguém.