Sporting no Dragão – William, Bryan Ruiz e Bruno Fernandes a ligar as fases ofensivas

O clássico no Dragão mostrou um Sporting capaz de criar mossa a uma equipa tão difícil de criar perigo como é o FC Porto.

Sobretudo mais em transição ofensiva para ataque rápido, mas também em momentos de ataque posicional, o Sporting ofensivamente fez um jogo competente, talvez o mais competente de todos os clássicos jogados até então por estas duas equipas.

Jorge Jesus optou de início pela colocação de Bruno Fernandes à direita e Bryan Ruiz no apoio a Doumbia, mas rapidamente percebeu que não teria o mesmo poder, a mesma mobilidade e a mesma disponibilidade no corredor central com Bryan em vez de Bruno Fernandes. Por isso trocou, e com isso a equipa melhorou, apesar de no fim Bruno ter voltado para o corredor direito e Bryan voltasse para o corredor central. Bruno Fernandes é um jogador essencial no corredor central leonino. Seja em zonas de construção, seja como no Dragão a aparecer em zonas de criação, é um jogador que oferece muito ao Sporting e não falo apenas na sua capacidade de meia distância, mas sobretudo pela qualidade técnica e qualidade das decisões que toma. Bryan Ruiz fez também um jogo muito positivo quando passou a actuar pela direita, mas com liberdade para aparecer no corredor central. Teve dificuldades em criar pelo corredor direito, pela pouca profundidade que Ristovski ofereceu no corredor direito, mas apareceu muito bem em combinações no corredor central e é dele a excelente assistência para o golo da igualdade, após um bom movimento de ruptura do menino Rafael Leão.

Por fim, William. Se defensivamente teve algumas dificuldades em acompanhar o andamento do processo ofensivo portista, ofensivamente fez mais um jogo de qualidade elevada. No golo leonino, o pormenor de fixar Sérgio Oliveira, obrigando-o a sair e libertando em Bryan Ruiz para este definir com espaço e tempo para tal, no restante, quer em ataque posicional, mas sobretudo nas saídas para ataque rápido, com a capacidade de definir bem e rápido em espaços curtos, usando as tabelas para posteriormente ter espaço para progredir em condução onde aí, nem sempre foi tão assertivo e capaz na sua decisão.

Fica o vídeo com os melhores momentos do Sporting no Dragão.

 

Sobre José Carlos Monteiro 47 artigos
Treinador de Futebol, Uefa B, com percurso e experiência em campeonatos nacionais nos escalões de formação. Colaborador como observador e analista em equipas técnicas na Primeira Liga. Alia a paixão pelo treino e pelo jogo à analise de jogo.

2 Comentários

  1. Não concordo com a perspectiva que dá forma a este texto. Todos os jogos em que o FCP defrontou equipas do seu nível sofreu bastante defensiva e ofensivamente.

    • Possivelmente não me expressei da melhor maneira. Acho que o Porto é uma equipa difícil de superar quando estão em organização defensiva e o adversário em ataque posicional. A maioria das equipas que lhes cria perigo, é sobretudo em situações de transição ofensiva para ataque rápido ou contra ataque. Um abraço.

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