
Nos dias de hoje, andará perto de ser impossível ser-se uma muito boa equipa se atrás não há conforto em posse. Tê-lo não garante o sucesso. Mas, não o ter significa que tudo o mais será bem mais aleatório do que o que já é normal num jogo de futebol.
Os defesas são quem mais toca na bola, e da forma como pensam o jogo tantas vezes se começa a desenhar o que acontece mais à frente.
A competência ofensiva das equipas, está portanto, directamente relacionada com a qualidade em posse dos seus jogadores que mais intervêm com ela.
Demasiadas vezes, sem que se perceba, o perigo de determinados lances tem a sua origem em primeira instância na tomada de decisão do defesa, que rompendo as linhas adversárias, coloca a bola em espaços potencialmente mais perigosos. E fazendo-o pelo chão, facilitará a recepção de quem poderá dar seguimento ao ataque. Ou seja, não é igual a bola chegar ao mesmo jogador pelo chão ou pelo ar. Porque a dificuldade e tempo necessário para dominar a “menina” e virar para a baliza adversária, é muito diferente.
Em Portugal joga um central estratosférico (no critério: qualidade da liga – qualidade do jogador) no que concerne à sua capacidade ofensiva, e apetência para controlar e dominar o jogo.
E não foi por acaso, que por exemplo, Luís Castro explicou que muita da estratégia defensiva do Vitória de Guimarães no jogo contra o Sporting, passou por impedir Mathieu de ligar o jogo com as zonas de criação.
A quantidade de jogadas de potencial perigoso que se inicia nas decisões de Mathieu, é algo absolutamente invulgar.
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