Lições – João Tralhão, André David e Pedro Bouças

Solidez da ideia de jogo, correção dos conteúdos do jogo anterior e  repetição de determinados conteúdos são três aspetos fundamentais no planeamento semanal.” JT

“Quando não respeitas as questões culturais, acaba-se por não estarem a remar todos para o mesmo lado e quando assim é, as coisas tornam-se mais dificeis. Mesmo dentro de contextos competitivos, é natural que, tudo influencie o teu modelo de jogo. Por exemplo, quando treinava futebol feminino, não podia pedir determinadas coisas que peço no futebol masculino porque, provavelmente, elas não teriam capacidade para as fazer.” PB

“É muito importante o critério que a direção deve ter na escolha do treinador porque se não encaixa no perfil e dinâmica do clube, aliás os próprios dirigentes em algumas situações nem gostam do futebol de determinado treinador…” AD

O planeamento semanal não depende só da ideia de jogo, depende também do que aconteceu no último jogo e do próximo jogo.” JT

“Para podermos consolidar conteúdos, temos que repetir determinados conteúdos, aliás sou da linha de treinadores que pensa que nao são precisos muitos exercícios para passares a mensagem.” JT

“Esta repetição de conteúdos vai permitir que, durante o jogo, quando houverem as emoçoes variaveis, continuamos concentrados na nossa tarefa.” JT

“Tens que ter uma repetição constante de determinados conteúdos, ao mesmo tempo que, tens a capacidade de manter a motivação dos jogadores. A repetição é decisiva para a consolidação de conteúdos, mas a complexidade tem de ser crescente.” JT

“Repetição é a mãe da Perfeição…” PB

“No fundo, o que fazemos durante a semana, é treinar em função de mim sem esquecer os outros…” PB

“Assim como, o trabalho de força necessita de determinados estímulos, o cérebro também necessita de novos estímulos.” AD

“Os Jogos reduzidos servem, essencialmente, para tomar decisões e resolver problemas e servem essencialmente, para trabalhar o centro de jogo e são um bom suporte para irmos para exercícios mais macro.” AD

“Todos os elementos que estão presentes na competição, conseguimos reproduzidos isoladamente nos jogos reduzidos.”

Jogos Reduzidos: – Ponto de partida para exercícios mais macro

                  – Pode servir para trabalhar o centro do jogadoes

                  – Desenvolvimento individual

                  – Mais tomadas de decisão e toques na bola

“Os jogos reduzidos podem servir para reduzirmos o tempo e o espaço a quem decide. Associo os jogos reduzidos aos “Rondos” que também são jogos de ativação.  Considero que o jogo reduzido é importante para a aquisição de um determinado principio.” JT

“Os Jogos reduzidos servem, essencialmente, para tomar decisões e resolver problemas porque o jogo é um jogo de decisões a todo o instante e servem essencialmente, para trabalhar o centro de jogo e são um bom suporte para irmos para exercícios mais macro.” AD

“Eles têm liberdade, mas uma liberdade condicionada porque têm uma série de linhas de passe à volta e eu sou chato nisso, no condicionamento das linhas de passe dentro do centro de jogo e também fora do centro de jogo.” AD

“Outra das vantagens dos Jogos Reduzidos é transferir o que nos útilizarmos de forma mais micro (Jogos Reduzidos) para uma situação mais macro porque se olharmos para o mecanico que tem uma ferramenta e uma chave de fendas, o exercício é a ferramente para o treinador na operacionalização.” AD

“Faço distinção entre jogo reduzido e os rondos. Rondo, para mim, são jogos com menos direção e com oposição e momentos de transição como 3×1/4×2/5×2. Jogo reduzido é importante para promovermos a aprendizagem de uma determinado principio, mas também poderá ser importante para trabalhar as dinâmicas de relação entre setores.” JT

“Por norma, não sou defensor do número de toques porque estás a condicionar a decisão do jogador, nem sempre a melhor decisão é a mais rápida. Se tu o limitas, vais acabar por prejudicar a tomada de decisão.” PB

“O Jorge Jesus falou sobre isso há pouco tempo… a estratégia é uma palavra que existe há muito tempo, e é normal que se olha para a estratégia de uma determinada maneira, mas esta estratégia que apareceu no futebol é um conceito um bocado mais fechado. Quando as pessoas associam um treinador “estratega” aquele que muda taticamente de jogo para jogo… se o treinador muda de jogo para jogo tudo, isto não é estratégia… o que ele está a mudar é o seu modelo de jogo.. Modelo de jogo de uma forma simples será os meus posicionamentos e os meus movimentos, se eu de jogo para jogo mudo do 433 para o 442 depois para o 532, o que estou a mudar é o meu Modelo, não é estratégia… Aquela estratégia que acredito, que faz sentido e cada vez é mais importante no jogo, passa por mudar algumas nuances… ou seja, se o jogo ofensivo e defensivo tem 3 ou 4 fases, se quisermos considerar as 2 da construção, a estratégia será dentro do teu modelo de jogo mudares alguns comportamentos em uma ou duas fases, para fazeres face aquilo que é o comportamento do adversário, para lhe provocares constrangimentos em função daquilo que ele faz. Não é mudares tudo. Isso não é um treinador estratega… isso é um treinador que ou não tem modelo de jogo, ou tem dois ou três e muda-os.” PB

Se a estratégia é mudar apenas uma ou duas fases, ou alguns comportamentos dentro de uma, duas ou três fases, o nosso “eu” é sempre mais importante do que o lado estratégico…o tempo que demora a consolidar o modelo é tanto, que se mudas de modelo vais estar sempre a voltar ao zero… agora, parece-me que cada vez mais é determinante que depois de chegares e consolidares o teu modelo, perceberes como os adversários se comportam para lhe poderes provocar constrangimentos” PB

“À medida que o próximo jogo se aproxima, ali entre a quinta e a sexta-feira, deves começar a tocar no adversário.” PB

O Leipzig é uma equipa que altera a estratégia de jogo para jogo mas não muda a ideia de jogo. E é nisso que eu acredito… Não alterares os teus macro princípios, mas mudares algumas dinâmicas em função do adversário.” JT

“Na minha ideia de jogo, a Estratégia não existe. A Estratégia passa a existir no período competitivo.” AD

“Não defendo a mudança constante de sistema, mas sim diferentes dinâmicas para criar problemas ao adversários. Mas é algo que é nosso e não depende do adversário. Só as utilizamos para ferir os adversários, mas aí teremos de ter um jogo posicional forte. Criar estas dinâmicas para não fugir ao padrão de jogo.” AD 

“Quanto maior variabilidade tiver o teu jogo, maior capacidade terá a tua equipa para os problemas do adversário. Antes disso, tens de preparar a tua equipa o mais possível para o Plano A.” PB

É importante solidificar o plano A e só depois, a pensar num plano B, e quando estamos a preparar um plano B não modificar radicalmente os princípios macro da nossa ideia.” JT

“Se nós estivermos constantemente a mudar de jogo para jogo, vai criar confusão e a linha de comunicação entre equipa técnica e os jogadores vai falhar.” JT

“Se vais defrontar uma equipa com mais argumentos, com uma melhor ideia e melhores jogadores, terás que os surpreender para os vencer… O caso do Man United mudar nos jogos grandes de sistema é um grande exemplo disso.” PB

“À exceção de um ou outro aspecto como o trabalho de velocidade ou de prevenção de lesões, trabalhamos de forma integrada porque não queremos perder tempo.” AD

“Dar uma liberdade aos jogadores mas limitada pela ideia de jogo. Têm de ser criativos, mas dentro da nossa ideia de jogo.” JT

“O exercício não é um castigo para os jogadores, mas sim uma ferramenta para promover e desenvolver dinâmicas da nossa equipa.” JT

“Se apanharmos uma linha de 5/6 temos de reproduzir na semana de treino essas mesmas linhas. Se nós vamos ter um determinado problema no jogo, temos que potenciar a sua resolução em treino.” AD

“A grande diferença entre rendimento e potencial… potencial é aquele jogador que faz 2 ou 3 acções boas, mas vai intercalando com 2 ou 3 más… e quando falamos em rendimento, é aquele jogador que já tem uma taxa de sucesso mais elevada em todas as acções… faz 5 boas… o potencial está nos jogadores que porque têm essas acções boas vão lá chegar, mas precisam de jogo, precisam de treino, para transformar esse potencial em rendimento… ” PB

“Tens de perceber se ele tem potencial na equipa B, mas só percebes se tem rendimento para jogar na Equipa A quando ele joga na equipa A.” PB

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