
Aos vinte e cinco anos Francisco Geraldes abandona o Sporting e ruma a Vila do Conde, onde já foi feliz.
Saúde-se a corajosa decisão de Francisco, que bem poderá ser o passo que o guiará ao rendimento que o seu potencial sempre prometeu. Trocou o conforto e o estatuto de jogador de clube grande, e chega a uma equipa de nível médio alto, que lhe proporcionará aquilo que o impediu de dar um salto qualitativo – Tempo de Jogo. Saúde-se a ambição! Porque por vezes, a decisão mais difícil de tomar é a que nos faz crescer.
Jogando incrementará até os níveis físicos que terão sido provavelmente a causa maior para não ter ainda cumprido o que de si se esperava. Mas, desengane-se quem pensa que porque não é um jogador de cadência de passada elevada não poderá atingir nível mais alto. É certo que dificilmente será um médio centro num 4x4x2 pelo seu perfil de características condicionais, mas tem argumentos técnicos para emergir em espaços curtos e tornar-se importante num método de ataque onde mais difícil é criar – Em ataque posicional. Francisco tem a competência para decidir quando acelerar ou pausar o jogo, e definir último passe. As últimas temporadas poderão até dar a sensação errada, mas mesmo próximo das zonas de finalização é um jogador com impacto. Ninguém faz onze golos em duas temporadas na Segunda Liga, e seis em outras tantas na Primeira, se não demonstrar também apetência e competência no gesto final.
Se o Sporting resgatou ao Rio Ave o rendimento de Nuno Santos, jogador da mesma geração de Geraldes, e que formado no SL Benfica e FC Porto se viu obrigado a procurar crescer noutro lado para voltar a um grande, também Francisco poderá estar agora a dar os passos certos para poder voltar. A lamentar talvez apenas o tempo perdido no Sporting. Não por responsabilidade de A ou B. Apenas porque não era o momento, o modelo ou a própria preparação para ter rendimento de Geraldes.
Portugal fica à espera que siga o caminho de Nuno. Jogar, Render e Voltar ao topo – 2020/2021 poderá ser o renascer competitivo de quem vai perfeitamente a tempo de dar uma volta no seu destino.
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Continuam a insistir neste tipo que só se tornou notado por saber ler?
Acho que se o Francisco Geraldes procurasse em apostar em melhorar a finalização, um pouco à imagem do que o Pizzi fez nos últimos anos, ia diferenciar-se muito e ser jogador de seleção.