Sérgio Conceição atirou o conservadorismo às urtigas e apresentou um onze de características de forte pendor ofensivo. Juntou Fábio Vieira e Nakajima como interiores, Corona como ala / lateral – Começou na direita mas rapidamente passou para o corredor esquerdo, e na frente Toni Martinez acompanhou Evanilson.
Não foram apenas as peças que surpreenderam, mas também a sua disposição. O FC Porto partiu para o jogo num 3x5x2, com Nakajima e Fábio Vieira ao redor de Uribe no centro do terreno, com alas entregues a Corona e Manafá.
Ficou-se pelos intentos positivos. Como tantas outras vezes acontece, ter jogadores mais dotados tecnicamente não é garantia “sine qua non” de mais controlo ou até posse de bola. Perdeu capacidade para pressionar e para recuperar a posse e durante largos períodos viu o Gil Vicente sair confortável desde trás. A primeira parte foi decorrendo sem que a equipa de Conceição conseguisse assumir as rédeas da partida de forma perigosa e só depois de dois sustos em ataques perigosos de Samuel Lino, se libertou finalmente da organização adversária para encontrar o caminho da baliza do Gil, num lance que fez em tudo recordar o modelo de jogo da Atalanta que encanta. Central progride, desmarca pelas costas e surge no último terço. Foi Zaidu o homem responsável pelo desequilíbrio que levou Nakajima a oferecer o golo a Evanilson.
O reconhecimento da má primeira parte, veio do próprio banco. Depois do intervalo surgiu Romário Baró em campo em detrimento de Toni Martinez, e mais do que isso uma reformulação tática que visou dotar o FC Porto de maior capacidade para estancar no imediato as possíveis saídas adversárias e com isso controlar mais o jogo, ter mais bola, e apertar mais o Gil Vicente.
A segunda parte trouxe então um FC Porto muito mais capaz de criar. Jogo mais fluido, mais recuperações, mais ligados à corrente. Mais Porto à Conceição depois de uma apática primeira parte.
As finalizações surgiram com facilidade evidente, sobretudo se comparado com a fraca primeira parte, e se Fábio Vieira por várias ocasiões desperdiçou lances de golo eminente, foi Uribe que falhando uma grande penalidade desperdiçou a possibilidade de matar o jogo em tempo oportuno.
A expulsão de um imprudente Zaidu voltou a dar vida ao Gil e até ao final, Sérgio mexeu para segurar a magra vitória, passando o conjunto azul a fechar-se em 4x4x1 na sua Organização Defensiva, com Baró e Corona sobre os flancos e um disponível Oliveira ao lado de Uribe.
Na fria noite do Dragão, o FC Porto não se encontrou com as boas exibições, mesmo que durante um período da segunda parte tenha estado ao nível pretendido. Venceu, mas a exibição não deixará saudades.
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Cinco jogos, quatro pênaltis a favor e nenhum contra. Seis decisões do VAR, todas a favor. Sete amarelos, 15 amarelos dos adversários.
Estatisticamente, sempre muita consistência arbitral.
Insisto, Lateral Esquerdo: vocês querem falar de futebol, mas, com esta equipa, isso não dá.
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