No Derby Portuense, o FC Porto manteve o 3x4x3 em ataque posicional que tinha apresentado em Braga perante um Boavista extremamente competente que, à imagem do que tinha feito contra o Sporting, posicionou-se num 5x3x2 com a preocupação de fechar espaços interiores e controlar os movimentos na profundidade de Marega, estando Porozo em grande destaque pela forma como bloqueou os movimentos do Maliano. Primeira-Parte de tremenda dificuldade para os Dragões chegarem com perigo à baliza boavisteira, com muito mérito da equipa de Jesualdo que foi controlando as entradas por dentro e à profundidade, sem nunca permanecer demasiado baixa durante a primeira-parte.
Como o jogo não se parte, a forma como o Boavista defendeu (com dois avançados para serem referência para sair) permitiu recuperar e sair várias vezes em transição ofensiva, sobretudo na primeira parte onde até conseguiu chegar ao segundo-golo na sequência de um contra-ataque. À medida que o jogo se ia desenrolando, já após o primeiro golo que surgiu de canto, o Boavista foi ganhando confiança e poderia ter chegado ao intervalo a vencer por um resultado superior. Isto deveu-se, também, a alguns problemas do FC Porto em transição defensiva pelo facto da equipa não estar devidamente preparada para a perda da bola e por isso, não ser o suficientemente forte a reagir à perda da bola.
Na segunda-parte, com alguma naturalidade e após a entrada de Otávio, Zaidu e Grujic que entrou para equilibrar a equipa, a equipa portista instalou-se no meio campo adversário, colocando mais um elemento próximo dos três avançados e foi crescendo até reduzir a desvantagem. A toada do jogo manteve-se até final, com o Boavista a perder capacidade para sair em contra-ataque à medida que a fadiga se instalava.
Noite desinspirada para o emblema portista que até podia ter vencido o jogo bem perto do fim, com o golo marcado por Evanilson a ser anulado após uma excelente jogada de Francisco Conceição que se estreou incrivelmente bem. Final trágico para os Dragões que poderão ver o Sporting distanciar-se novamente.
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