No meio está a virtude – Entrada TRIunfante

Combinação indirecta por onde havia pouco espaço. O talento da geração portuguesa não fez por menos, e chegou ao golo num lance bem “português”. Passe interior de Thierry para Dany Mota que colocou um terceiro homem – Fábio Vieira – de frente para o guardião da cróacia. A classe de Fábio na hora de atirar à baliza fez-se notar. Não disparou, esperou pelo guarda redes e finalizou de forma tranquila para o espaço que este lhe deu.

4x3x3 português. Florentino a médio defensivo; Gedson e Vitinha como interiores, TT como avançado centro. Pote e Trincão foram os extremos

A superioridade portuguesa foi notória desde o primeiro instante. Mais bola, controlo sobre o jogo, chegada ao último terço e variabilidade entre o jogo interior com TT no vértice mais adiantado de um losango que se formava com os interiores, e e o jogo exterior de Dalot (a fazer todo o corredor) à esquerda e Trincão à direita.

Se a primeira parte foi de domínio total em posse, a verdade é que alguns erros na construção e na entrada para zonas de criação permitiram saídas velozes ao avançado croata que somente por jogar tão isolado de toda a restante equipa não foi mais perigoso. O suficiente ainda assim, para somar finalizações. Várias das quais obrigaram Diogo Costa a mostrar porque é um dos mais interessantes guarda redes da sua geração em solo Europeu.

O jogo pausado de Florentino, os movimentos verticais com e sem bola de Gedson, a criatividade e recursos de Vitinha a alimentar os homens da frente foram o que de melhor Portugal teve no primeiro período. Pote não demonstrou a eficácia habitual – não tem sido vulgar encontrar lances em que não marca quando está bem enquadrado, e Trincão somou recortes de bom nível técnico mas sem o desequilibrio estonteante esperado. Tiago Tomás esforçado e com papel importante nos momentos defensivos teve dificuldades para jogar em campo curto.

A segunda parte trouxe uma toada do jogo próxima, com a jovem selecção jovem a controlar desta feita as saídas em transição da Croácia. Menos erros em posse, e foram estancados os ataques rápidos oponentes.

Rui Jorge mexeu de forma corajosa – Tirou o barómetro defensivo (Tino) para lhe juntar mais criatividade e toque de bola de Fábio Vieira, e do banco saiu também Dany Mota, o avançado que rendeu Tiago Tomás e serviu de apoio no lance que culminaria com Vieira na cara do um a zero.

A maravilhosa geração de 99, bicampeã Europeia (sub 17 e sub 19) voltou a dar passos seguros no caminho para o tri. Reforçada com Pote (um ano mais velho), com Vitinha (um ano mais novo) e Tiago Tomás (três anos mais novo) no onze inicial, deixa antever que serão muitos aqueles que atingirão patamares de rendimento nas suas carreiras elevadíssimos.

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