Tuchel vs Zidane e Pochettino vs Pep Guardiola

A Meia Final da Champions League tem o condão de reunir quatro dos treinadores mais abordados da última década, com a particularidade de reunir treinadores cuja marca nas últimas temporadas foi a de sucesso retumbante. Ora nos troféus – Zidane, tri campeão Europeu à frente de todos os outros, ou no triunfo com estilo – Pep Guardiola é mais do que um treinador, mas um “guru” de uma forma de jogar. Pochettino e Tuchel, recém derrotados na final da Champions League prometem poder voltar ao local do “crime”.

A minha equipa tinha isto quase padronizado: jogar pelos corredores e tentar ganhar a linha de fundo verticalmente. Não queríamos jogar desta maneira. Queríamos jogar através de passes diagonais mais incisivos a partir de trás, de dentro para fora e depois de fora para dentro, e isso era um dos nossos princípios. Então cortámos os cantos do campo nos nossos treinos, ou seja, o campo fica disposto sob a forma de diamante e fazíamos todos os exercícios – jogo formal, jogos reduzidos, jogos de posse – com essa disposição. Assim, criámos condições para forçar a criatividade dos nossos jogadores através das condições do ambiente. E isso mudou o meu papel como treinador: eu não quero ser o treinador que está sempre a parar o treino cada vez que um jogador faz um passe vertical ao longo da linha lateral e diz: “Não! Quantas vezes já vos disse para jogarem na diagonal?!”, eu não quero ser este tipo de treinador, já não resulta. Assim já não necessito deste tipo de intervenção e em vez disso posso observá-los, perceber como eles lidam com esse constrangimento do espaço e ajudá-los a melhorar.

Tuchel, treinador do Chelsea

5 Jogos 7 Sistemas de Tuchel em Paris

Em Londres o treinador alemão estabilizou o sistema e opta invariavelmente por apresentar três defesas centrais – Opção que confessou estar relacionada com as características do plantel à sua disposição.

Último Jogo do Chelsea na Champions League. Derrota por 1 a 0 com o FC Porto

O mais importante não é a estrutura, mas sim a forma como a vivemos, como toda a gente respeita os princípios – como atacamos, como defendemos… Neste momento começamos com uma linha de 3 na defesa e um duplo pivot devido às características dos jogadores

Tuchel – entrevista com Rio Ferdinand

O 3x5x2 dos “Blues” orientados por Tuchel enfrentará o 4x3x3 dos “Merengues” de Zidane.

Último jogo na Champions League do Real Madrid. O empate a 0 em Anfield

A única coisa que nos interessa é conseguir arranjar maneira de não correr tanto. Como se faz isso? Guardando a bola, tendo-a sempre mais tempo que o adversário, inclusive quando jogamos com o Barcelona…

Zidane

Fadado para as grandes competições e para os grandes confrontos, Zidane continua anos volvidos a apostar num meio campo de grande critério e gestão dos ritmos de jogo, protegidos pela agressividade defensiva de Casemiro. O crescimento de Vinícius e Valverde, e a forma como Benzema se associa em zonas de criação aos trabalho criativo dos médios, serão armas de uma equipa que alia a qualidade do jogo posicional que fascina o seu treinador a uma capacidade ímpar de acelerar no pós ganho da bola.

Última partida do PSG de Mauricio Pochettino

Pochettino guiou o Tottenham até à final da Liga dos Campeões e regressa à competição milionária, agora para dirigir um conjunto de individualidades realmente capazes de o guiar até ao título maior.

A forma como encaixa Neymar – Di Maria – Mbappé, um dos trios mais apaixonantes da última década no futebol Europeu, é potenciadora de uma velocidade estonteante no ataque ao último terço adversário. Combina um meio campo a dois capaz de alimentar as zonas de criação – Paredes é tremendo na forma como encontra os colegas mais adiantados – mas também com capacidade de recuperação da posse notória – Gueye rouba e entrega bolas limpas para potenciais desequilíbrios em momento de Transição.

Pochettino depois de cinco anos de constante sucesso no Tottenham – Porque sucesso é superar as expectativas e não somente conquistar troféus, se a realidade envolvente não os torna prováveis – e um início de temporada infeliz que lhe custou o lugar, chega à semi final da Champions depois de somar três golos em Munique e quatro na Catalunha perante o Barcelona. Prometedor.

Pep, Imutável.

O aperfeiçoamento do modelo ao limite, o potenciar das individualidades, o exacerbar do lado estratégico em cada pormenor, como aquele que lhe valeu o golo no Estádio da Luz aquando da sua passagem pelo Bayern:

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