Os putos a aprender a serem homens – Rumo às meias

Difícil, Apaixonante, Técnico, Criativo.

Por momentos aparentou poder ser uma eliminatória tranquila para a selecção lusa. Cedo em vantagem com um golo do inevitável Dany Mota, Portugal pelo seu avançado alargou para dois a zero a vantagem próximo da meia hora.

Rui Jorge repetiu o losango de boas memórias, que permite a Portugal integrar no mesmo onze médios de diferentes características, mas com a assombrosa capacidade técnica, habilidade motora e criatividade em comum entre Vitinha, Fábio e Bragança. No outro lado do vértice, Gedson pela capacidade para comer metros, vencer duelos e impor-se nas transições. Quando o restante trio aparece ainda mais quando se trata de gerir a posse, entrar pelas zonas de criação adentro e… criar.

Se aos avançados se pedem antes de tudo o mais golos, Danny Mota voltou a marcar – Leva três golos no Europeu, e o feiticeiro Gonçalo Ramos provou que para marcar só precisa de jogar. Sem bola foram sempre generosos e capazes de fechar incursões pelo corredor lateral nas zonas mais altas, entregando-se ao jogo com enorme disponibilidade para os constantes movimentos de dentro – fora / fora – dentro, consoante mudava a posse.

Curiosamente, as mudanças operadas por Rui Jorge que não tiveram impacto no tempo regulamentar, viriam a ser “pedra de toque” no prolongamento. O herói Jota ia rubricando um jogo para esquecer pelas constantes perdas da posse – Contrastou com a boa assertividade da restante equipa – até ao momento em que descobriu Romário Baró que respeitou a tabela e permitiu ao outrora menino bonito das camadas jovens portuguesas reviver momentos de glória com a camisola das quinas vestida, e Francisco Conceição numa jogada de elevado registo técnico sentenciou a eliminatória.

Homem do Jogo: Vitor Ferreira.

107 toques na bola, 78 passes correctos (91% de acerto). É impossível encontrar um jogo não conseguido por Vitinha. Geriu o ritmo de jogo a preceito, pausou em posse, acelerou seja em passe, seja quando progride. É uma fonte de criatividade e levou a selecção para a frente. O pequeno genial mesmo quando arredado dos momentos de notoriedade, é sempre quem leva o jogo até ao último terço com facilidade incrível.

3 Comentários

  1. Temos equipa!

    Contra a Espanha gostava de ver isto:

    Costa
    Dalot-Queiros-Leite-Tavares(Abdu Conté?)
    Vitinha-Tino-Bragança
    Fabio-Dany-Jota

    Força Miúdos!!

  2. Rui Jorge pareceu me que substimou um pouco a equipa italiana, confiou demasiado na capacidade que a equipa tem de defender com bola.
    Os italianos tinham a lição bem estudada e contrariam o nosso meio campo a 4 com 5 elementos no meio(deixando sempre o ala contrario sozinho com espaço para embalar para o nosso lateral.
    Fomos claramente punidos pela nossa inferior capacidade fisica e depois quando tem hipotese de responder através de substituições….toma más decisões(deveria no meu entender colocar Filipe Soares que fisicamente é talvez o jogador mais intenso e dotado).
    Acaba por ganhar o jogo no talento individual mas em termos de estrutura tem de rever especialemnte o meio campo

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