Tímidos – Assim ganhámos, assim perdemos

Portugal, foi Portugal de Fernando Santos. Com o que de bom e o que de mau tal acarreta. Assim ganhámos um Europeu, assim caímos hoje. Tímidos, de tração à rectaguarda, esperando uma transição … que Renato até conduziu aos dois melhores lances lusos – A perdida de Jota a abrir, poderia ter mudado o jogo – e sem jogar em ataque posicional – Apenas pós entrada de João Felix, Portugal conseguiu demonstrar ideias de jogo ofensivo contra organização densa.

O momento do jogo bem poderá ter sido o fraco remate de pé esquerdo de Diogo Jota logo a abrir o jogo, depois de isolado por Renato. Num jogo de “não agressão”, pela ausência de pressing, ou de posicionamentos ousados em organização ofensiva, estava escrito que quem marcasse e pudesse ficar confortável a fechar espaços teria vantagem importante.

Começou no encaixe defensivo a timidez lusa, e o coarctar de possibilidades ofensivas. Sem presença a cinco na frente a cair em cima (na ruptura) dos quatro defensores lusos, pareceu despropositado tamanha “timidez” no posicionamento dos extremos. Bernardo e Jota sempre demasiado baixos, e com isso qualquer possibilidade de sair rápido depois de encostados atrás pareceu impossível.

Do defender demasiado baixo para o não contra atacar, e não ter um pressing forte e definido – Condiciona ter Ronaldo e Bernardo na frente – se determinou a toada da partida até ao momento em que Portugal se viu em desvantagem.

O pressing luso viu-se somente na saída em pontapé de baliza, e curiosamente foi assim que nasceram algumas tentavias lusas – Bernardo saía no central, Moutinho e Renato encaixavam em Tielmans e Witsel, e Dalot saltava no lateral.

Em desvantagem e após a entrada de João Felix e Bruno Fernandes, assumiu finalmente com critério e presença entre linhas adversárias o jogo em ataque posicional. Criou o suficiente para levar o jogo para o tempo extra, e ainda teve em Rúben Dias, Pepe e posteriormente Danilo capacidade tremenda para defender espaços largos, onde Lukaku é soberbo. A equipa de Fernando Santos defendeu com qualidade o contra ataque, quando a primeira fase da transição defensiva não resolveu problemas, criou amiúde – Guerreiro, Dias, Diogo Jota e André Silva poderiam ter descoberto o caminho tão desejado da baliza, mas acabou fora do Europeu contra uma Bélgica recheada de super estrelas mas que… está muito longe de ser uma grande equipa.

Não foi um resultado justo, mas também já vencemos competições pelo mesmo caminho.

ANÁLISE COMPLETA NA PÁGINA DA:

MOOSH.PT

3 Comentários

  1. Análise ao nível desta equipa, com ou sem europeus, já ganharam mas perderam muito mais, por isso a dica do já fomos campeões serve bem para o pátio das cantigas. O que é certo é que futebol “zero”. O resto é história. Ou historietas, neste caso. Já agora, ontem esteve em campo um gajo trinta vezes melhor que o Moutinho mas raramente tem direito a adjectivos profundos. Chama-se Axel Witsel. Jogador completo, com forte impacto em todos os momentos do jogo e raio de acção alargadíssimo.

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