Festival de intensidade e velocidade no Dragão. Foi um Porto enérgico como tanto aprecia Sérgio Conceição, aquele que subiu ao relvado nesta noite. As escolhas de Sérgio surpreenderam apenas pela inclusão de Evanilson. Embora tenha mantido o 4x4x2 habitual, e na fórmula Champions com dois avançados mais declarados – Tem sido Toni Martinez o homem que acompanha Taremi – não seria de todo expectável a presença do brasileiro Evanilson no 11.
A ideia pareceu clara – Ter dois avançados voluntariosos para condicionar a construção adversária – Uma parte importante do jogo de Sérgio Conceição passa pelo não deixar jogar / respirar o oponente, e aproveitar as recuperações da posse para ter Diaz a saltar rápido na frente, Taremi a ligar entre linhas, explorando a explosividade e inteligência das desmarcações de ruptura de Evanilson.
Uribe e Sérgio Oliveira, com a presença de Otávio sempre reativo ora na zona da bola pressionando, ora no lado oposto recuperando rapidamente a posição assegurando que o meio campo nunca fica a dois, controlaram por completo as possibilidades ofensivas do Milan, e se os italianos não encontravam forma de conseguir construir, menos criaram.
A forma como não permitiu que o Milan respirasse trouxe domínio e toada do jogo para a invicta. Os lances ofensivos sucediam-se e cada ataque azul parecia terminar em finalização. Um Porto enérgico a colocar tudo em cada duelo. A vencer cada duelo, a conquistar cada metro que o aproximasse da baliza adversária, e com isso a somar remates perigosos.
Também a energia precisa de talento para vencer jogos. E se este Porto Europeu trabalha intensamente nos momentos sem bola para poder ser feliz com bola, é Luis Diaz quem coloca a cereja no topo do bolo azul. No primeiro tempo viu os seus intentos esbarrarem no poste, e foi já na etapa complementar que com grande classe desviou a bola do guarda redes para o materializar do tão justo resultado azul.
Só deu Porto e com a derrota do Atletico em Madrid, o Dragão receberá a equipa de Simeone com grandes possibilidades de triunfar no grupo da “morte”.
Destaques Individuais:
Sérgio Oliveira e Uribe – Formam um dupla de alta rotação com competência defensiva e ofensiva. Roubam bolas, pressionam, não deixam jogar e em posse muito raramente são apanhados em erros técnicos. São o barómetro de todo o jogo azul;
Luis Diaz – O talento do Colombiano é completamente incontornável – É da sua passada de gazela e habilidade motora e técnica que o Porto espera definição e resultados, e Diaz mesmo em contexto Champions nunca desilude. O melhor jogador da Liga portuguesa demonstra a cada partida que tem nível Mundial.
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