Reviravolta azul no clássico – Curtas

Duas partes distintas. Primeira parte onde foi um clássico da pressão, das referências individuais e das perdas na construção e ligação motivadas pelas abordagens defensivas das equipas. O Sporting, pela capacidade individual de Porro (várias conduções interiores que batiam a pressão) e porque coletivamente têm melhor trabalhados os movimentos na frente e a forma como os ativam, superiorizou-se e teve mais chegadas apesar de só ter tido uma finalização. Já na segunda parte, os golos num período curto de tempo destabilizaram o jogo e abriram o mesmo, tendo existido muito mais situações para marcar nas duas balizas que nos primeiros 45′.

Abordagem defensiva do Porto interessante. A encaixe de Uribe na linha defensiva transformando-a num setor de 5 elementos garantiu um melhor controlo da largura total do Sporting (algo que no clássico deste ano no Dragão criou muitas dificuldades). Na frente, bloco médio-alto, não tão pressionante como no clássico anterior e referênciais individuais (Taremi, Evanilson e Fábio na linha de 3 da construção leonina e médios a controlar médios).

Face à pressão adversária que encaixou nos posicionamentos da equipa leonina e que fechava muito o corredor central (ainda que a pressão nos centrais de fora fosse mais arredondada para fora/dentro), o Sporting poderia ter utilizado mais a dinâmica de construção que costuma ter contra estas pressões. Montar Matheus Nunes na esquerda e Pablo Sarabia na direita teria criado dificuldades na equipa do Porto.

Depois de uma primeira parte onde se superiozou, Sporting marca, sofre e não mais conseguiu ter o controlo emocional para continuar a ser a melhor equipa em campo. Após o 2-1, várias chegadas à área adversária, onde poderiam ter definido melhor, mas também um balanço ofensivo que concedeu espaços ao Porto para transitar e poder ampliar o marcador. Porto depois de uma primeira parte onde nem sequer incomodou a defesa leonina, na segunda parte esticou mais vezes o jogo e criou mais problemas (Pepê é muito forte em movimentos de profundidade e foi uma mais valia na forma como agrediu a linha defensiva adversária).

Um golo de livre, um golo de penalti conquistado após canto e um golo num lance rápido que nasce de lançamento lateral. Num jogo tão encaixado como ao que assistimos na primeira parte, era de prever que as bolas paradas tivessem uma importância grande no resultado final.

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