Transferiu-se em Janeiro do Ajax para o Shakhtar Donetsk, mas devido ao conflito na Ucrânia não se chegou a estrear em partidas oficiais pelo clube, estando parado desde então. Ao longo de cinco anos ao serviço do emblema neerlandês, Neres participou em 180 partidas, apontou 47 golos e assistiu os seus companheiros por 35 vezes. Ao que tudo indica seguir-se-á o Benfica, e o talento e critério do brasileiro deixam água na boca.
David Neres é um extremo esquerdino que apesar de poder jogar na esquerda, se sente mais confortavel sobre a direita. Mais forte a receber fora que por dentro (melhor a tocar que a enquadrar, ainda que com boa definição perante linha defensiva), é bastante bom a atacar o corredor central depois de receber.
Talento expresso nos recursos técnicos que possui e muito critério em cada bola que toca. Recebe, conduz, atrai, fixa e solta sempre com timing e qualidade, colocando os colegas em situações mais vantajosas que anteriormente. Procura constante dos companheiros para associações para progedir e eliminar jogadores, ainda que tenha capacidade para tirar da frente os opositores com o seu drible curto.
Não é um jogador extremamente rápido, mas recebe no pé e na profundidade, o que oferece a variabilidade na forma como pode ser solicitado. Qualidade também na área, onde faz uso da sua boa técnica e assertividade na decisão para assistir ou marcar com alguma regularidade.
Contra sí tem o facto de já não competir há alguns meses, sendo uma incognita a forma como se apresentará no seu novo clube. Ainda assim, qualidade técnica e cognitiva para ser um dos destaques do próximo campeonato em Portugal e uma excelente aquisição para o Benfica, caso a transferência se consume.
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