Que orgulho, Portugal!

A Seleção Portuguesa terminou no domingo (17) a sua participação no Europeu 2022, em Inglaterra.
Foram dias brilhantes e difíceis para uma modalidade cada vez mais forte dentro do nosso país!

Estas foram as contas do grupo de Portugal, o GRUPO C

Contextualizando:

O grupo de Portugal era muito complicado. Formado pela atual Campeã da Europa, e pela 1ª classificada no ranking da UEFA e 2ª no ranking Mundial – Países Baixos e Suécia, respetivamente. A Suiça, 20º no ranking e por fim, Portugal em 30º.

Mas desengane-se, quem olha para o ranking e vê a distância entre as duas favoritas e as duas outsiders pensa que o grupo estaria resolvido à cabeça, e não foi assim! O Grupo foi muito competitivo, os jogos foram de grande qualidade, apesar de que na prática, a classificação foi a esperada.

Portugal

Portugal alinhou no habitual 4x4x2 losango no processo ofensivo, e desdobrava-se num 4x3x3 em pressão. Nalguns momentos de jogo, 4x3x3 também em processo ofensivo.

O objetivo de Portugal foi muito claro: Ter capacidade para pressionar alto e ter capacidade para ter mais posse de bola, neste contexto de máxima exigência.

Francisco Neto, o líder, trouxe para este Europeu a coragem de pôr em prática um futebol apoiado que se baseava num alternar no jogo interior e curto com a profundidade e velocidade das duas avançadas referência. Eu acrescentaria que, Portugal tem um padrão definido, mas é um padrão que se define mais pela interpretação do momento de jogo do que propriamente com jogadas padronizadas. Portugal prefere potenciar a ligação na 1ª fase de construção através das suas médios interiores, mesmo estando elas mais em largura ou a pisar terrenos mais interiores. No entanto, em zonas de criação foi variando com o passe de rutura para as avançadas, com o passe em largura para o aparecimento e projeção das laterais em zonas mais exteriores. No vídeo que se segue podemos ver isso mesmo, a projeção das laterais nos mais diversos momentos do jogo.

O ponto mais alto de Portugal são as duas reviravoltas, que não acontecem na totalidade, mas que demonstram uma mentalidade forte, competitiva e uma qualidade de jogo nunca antes praticada nestes palcos! Os golos:

Destaques individuais

Mobilidade da Diana: Permitiu muitas vezes ter linhas de passe para sair da pressão e levar a equipa para o meio campo ofensivo.

Nesta imagem vemos a movimentação da Diana (e passe de Carole Costa) num momento de pressão, onde se podem contar 7 jogadoras Neerlandesas que foram imediatamente batidas. Isto aconteceu maioritariamente com desmarcações do corredor central para os corredores laterais, visto que a Diana jogou os 2 primeiros jogos a Médio Ofensivo.

Criatividade e Maturidade de Andreia Norton: Uma dimensão técnico-táctica incrível. A decidir sempre bem com e sem bola e fisicamente a ser das grandes revelações.

Catarina Amado: Pela velocidade no transporte, duelos ganhos e consistência defensiva.

Jéssica Silva: Pela velocidade, irreverência, e por nos aproximar sempre 20/30 metros da baliza adversária. Permitiu a Portugal jogar mais longe da sua baliza e ser mais perigoso e imprevisível.

Seguimos caminho com a certeza que vamos estar muito mais fortes no próximo encontro, e que estaremos muito mais vezes em Fases Finais! Agora é descansar e preparar o Mundial, em Setembro.

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