
Portugal venceu, no passado dia 6 de outubro, a Islândia, apurando-se pela primeira vez para o último playoff de acesso ao Mundial, a disputar-se na Nova Zelândia, em Fevereiro de 2023.
A caminhada tem sido longa, depois de vencer a Bélgica num jogo difícil, teve pela frente a 14ª do ranking FIFA e ganhou!
Tem sido um percurso em crescendo onde o grupo de Francisco Neto tem demonstrado uma capacidade de superação inacreditável e sobretudo…. Qualidade! Identidade bem definida, num 1x4x4x2 (losango a atacar) onde encontra na sua dinâmica ofensiva a sua maior evolução:
1. Identifica bem os espaços;
2. Tecnicamente tem jogadoras diferenciadas que se soltam da primeira pressão;
3. Boas decisões da portadora da bola;
4. Muitas soluções entre linhas e na profundidade;
Neste último ponto, Portugal tem sido muito eficaz no seu aproveitamento. Com Diana Silva e Jéssica Silva em jogo, Portugal consegue aliar as ligações curtas e entre linhas, com o ataque à profundidade no espaço. Tanto uma como outra, a nível de capacidades físicas, nomeadamente a velocidade, raramente ficaram atrás das suas adversárias, o que permite a Portugal ter muita variabilidade de ações em organização ofensiva, sendo que estas características também dão garantias nas transições ofensivas e permite que a equipa, mesmo com linhas baixas, chegue com perigo ao último terço. Vejamos:
Portugal VS Islândia
Num jogo dominado territorialmente pela Seleção Portuguesa, através do seu bom posicionamento e da sua capacidade de posse de bola, foi-se valendo a Islândia de alguns momentos de bolas paradas e transições ofensivas. Portugal evitou o jogo físico tendo mais bola, posicionando-se melhor, e quando não o conseguiu evitar.. foi muitas vezes superior. Jogo que apenas foi resolvido no prolongamento e onde Portugal soube aproveitar o espaço que a Islândia foi deixando, por jogar com menos uma unidade. Um banho tático e técnico e um recital de qualidade nos últimos minutos: nas asas de Francisca Nazareth!
Uma seleção que cada vez mais é competente em todos os sectores e em todas as posições.
Um coletivo que está recheado de talento.
Individualidades que se potenciam nas ligações.
Já é difícil destacar apenas umas jogadora da Seleção Nacional, mas deixo dois nomes enormíssimos, que garantem equilíbrio, ocupação de espaços e qualidade: Fátima Pinto e Tatiana Pinto.


Falta apenas um jogo para chegar ao Mundial… e Portugal vai lá estar!
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