O que esperar do embate entre os dois primeiros classificados da Liga?
Jorge Jesus prometeu a vitória, o que acontecendo permitirá ao Sporting assumir a liderança isolada, pertença por estes dias, do FC Porto. Mas estará o Sporting preparado para dar o salto?
Não deverá fugir à sua matriz organizacional a equipa leonina, e no plano estratégico será um Sporting mais próximo do que é habitualmente, sem cuidados especiais com qualquer individualidade azul e branca, que não tenha já com quaisquer outro jogador, dentro dos comportamentos habituais do modelo de Jorge Jesus.
Expectável portanto o regresso do 4x4x2, com três linhas bem definidas, com a dúvida sobre quem será o médio centro que garante equilíbrios com última linha, e quem será o médio que salta na pressão. William e Battaglia deverão ter presença garantida no onze, estando somente por perceber o espaço a ocuparem na dinâmica colectiva.
Ofensivamente o desdobramento habitual em 3x3x4, com William ou Battaglia entre Coates e Mathieu, o outro médio centro entre primeira pressão do FC Porto e médios adversários, tal como os laterais, e os quatro mais adiantados já posicionados no espaço entre médios e defesas do FC Porto.
A transição ofensiva da equipa de Sérgio Conceição poderá ser um problema, e é possível que na sua organização na construção, os laterais leoninos não se posicionem tão longe de poderem recuperar a sua posição na linha defensiva. Será o lado estratégico a funcionar na abordagem ao jogo por Jorge Jesus.
Mais difícil prever como Sérgio Conceição prepará o FC Porto do ponto de vista estratégico. Embora as saídas ao Rio Ave e ao Mónaco, equipas que poderiam apresentar argumentos maiores do ponto de vista ofensivo, e obrigarem a equipa azul a uma pressão e organização defensiva mais elaborada, possam ser boas pistas.
Não será pois de estranhar que prepare a introdução de um quinto elemento na linha média, posicionado no corredor central, possibilitando dessa forma libertar um pouco mais de espaços tão baixos e do rigor posicional Brahimi e Jesus Corona ou Marega.
Em suma, garantir pela presença de um terceiro elemento no corredor central, linha média, a possibilidade de ter Brahimi e o ala que for a jogo do lado oposto, menos ligados em termos posicionais ao meio campo, e mais prontos para receber a bola em espaços mais adiantados após a recuperação da bola.
Um eventual FC Porto menos preocupado em chegar ao golo em organização ofensiva, e que não deverá conceder tanta liberdade para ir constantemente na profundidade a Allex e a Ricardo, e mais preocupado em fechar espaços, vencer os duelos nas zonas que definir, e libertar Brahimi para conduzir transições ofensivas a explorar defesa alta do Sporting e movimentos na profundidade de Aboubakar.
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