Continua a fazer imensa confusão a constante separação “joga bem” do “resultadista”.
Não haverão treinadores que pretendam ser mais resultadistas que outros. Todos partem do chegar ao resultado final para orientar o seu processo. O que difere serão as crenças sobre o que é mais vantajoso, sobre o que aumentará as probabilidades para que lá se chegue.
Quando se defende acerrimamente uma ideia que promova o jogador e o jogo. A competência e o querer jogar em todos os momentos, que trará obrigatoriamente uma equipa que saiba tratar a bola e que consequentemente valorize os seus jogadores, é precisamente porque se acredita que há formas melhores de jogar este jogo. E melhores porque aproximam mais do sucesso. Do resultado!
Todos pretendem ser “resultadistas”. Acredita-se é num jogo diferente. Um jogo que se joga e não se guerreira. Um jogo em que a alegria da decisão e da criação surgindo em cima da organização, aproxima sempre bastante mais do resultado, do que somente o suor e a atitude competitiva.
Optar por não construir no meio campo defensivo, condenando a um jogo de pouco tempo em posse, procurar ser feliz a dominar uma segunda bola proveniente de um ressalto. Optar por não ligar o jogo com qualidade promovendo condições ao portador para dar seguimento ao jogo desde trás, dando primazia total ao manter a equipa fechada no campo em quase todo o tempo, preocupando-se sobretudo com os momentos defensivos, esperando a felicidade de um erro alheio ou de uma bola parada, não é ser “resultadista”. É jogar à sorte. E a sorte, umas vezes cai para um lado e outras para outro. Por isso os “resultadistas” perdem tanto quanto o que ganham.
Melhor “resultadista” é na minha opinião o Pep. Pela forma em que acredita que o seu modelo pode trazer os melhores resultados. Á “resultadistas positivos” e “resultadistas menos positivos”, depende daquilo que queres do jogo e de fazer com ele.
Vá, parem lá de bater no homem 🙂