
“Agora temos mais e melhor qualidade de posse de bola. É diferente. O Rúben Amorim, o Micael e o Hélder Barbosa só querem a bola no chão.” Mossoró.
Conhecemos José Peseiro desde 1998. Estávamos a entrar para a faculdade, e o Pedro, que contribui aqui para o blog, ainda que não de forma escrita, estava no seu primeiro ano de futebol sénior impressionado com o seu treinador, na altura no Oriental. Por Marvila três segundos lugares. É o treinador do quase, dizem. Contudo, depois de partir, o Oriental de três segundos, passou para último. Peseiro seguiu para a Madeira e por lá duas subidas de divisão seguidas e equipa revelação da primeira liga.
Por todos os clubes por onde passou obteve sempre melhores resultados que qualquer outro. Porém, porque as expectativas talvez tenham estado sempre mais elevadas do que o que o potencial das suas equipas fazia antever, há uma certa descrença sobre as suas capacidades.
O Braga é a primeira grande sensação da nova época. Não pelos resultados, que poderiam e mereceriam ter sido melhores, mas pelas fabulosas exibições.
Melhor que o Benfica na Luz (reparou como, e ao contrário dos de Jesus, os bracarenses foram sempre capazes de sair a jogar?) e sobretudo muito superior que a Udinese ao longo de todos os minutos dos dois jogos disputados, não viu traduzidas em vitórias a qualidade exibicional exibida.
No Minho, Salvador reuniu o terceiro melhor onze da Liga em capacidade actual (Muito diferente de potencial. Hoje, do meio campo para a frente, nenhum jogador do Sporting, por exemplo, roubaria o lugar a Custódio, Viana, Amorim, Mossoró, Lima(?!) e/ou Alan. E ainda há Barbosa, infinitamente superior a Capel e que no Minho vai ficando pelo banco de suplentes), com a melhor equipa técnica da Liga.
Em Braga já se percebe o tradicional futebol das equipas de Peseiro. O próprio Mossoró (que desequilibrador que tem estado. Notável!), um dos grandes beneficiados pelo actual estilo de jogo não se coibiu de o referir. Se se recordar, o estilo de jogo e as características dos jogadores bracarenses são muito próximos/as daqueles que outrora Peseiro guiou até uma final europeia.
Muita maturidade e muita qualidade no onze inicial do Sporting de Braga. Falta perceber o que Éder ou Michel podem acrescentar pós partida de Lima. Uma certeza, porém. Quem aprecia futebol, ver o Braga jogar é obrigatório. E se FC Porto ou SL Benfica baixarem um pouco a pontuação habitual nos últimos anos, quem sabe se não poderemos ter novo campeão. É algo improvável, mas uma candidatura muito forte ao podium é algo que já não se pode negar.
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