

Os primeiros 15 minutos foram bastante animadores. Sobretudo porque percebeu-se a intenção da Juve em jogar, como faz habitualmente, ainda que se trate de uma eliminatória a começar fora de casa. Pelo que isso abre boas perspectivas para o SLB, na procura dos espaços, uma vez que, abordando o jogo da mesma forma, não terá a Juventus afunilada em 30/40 metros constantemente, a tentar jogar apenas em transição.
Sobre a construção da Juventus nestes primeiros 15 minutos, seguiram aquilo que é o seu padrão normal nessa fase do jogo:
1- Procura dos alas no corredor lateral, ou de um médio que baixa para pegar enquanto ala vai na profundidade. Quando o consegue, tem no máximo um apoio próximo ou uma cobertura. Se recebe no último terço, solução é o cruzamento. Nota-se isso pelo movimento dos médios a avançados assim que o ala recebe a bola nessa zona do campo. Quando o ala recebe no segundo terço do campo tem o apoio, normalmente, de apenas um médio. Pelo que dá para aproveitar a falta de apoios próximos que o ala tem criando superioridade nessa zona para recuperar a bola, e sair rápido em transição.
2- Poderá também surgir alguma combinação com um avançado para rodar para o lado contrário, ou o jogar na cobertura para um médio de um médio. O que Conte tenta fazer para ligar o jogo entre centrais e avançados é afastar os interiores para os corredores laterais, com um movimento de ruptura por forma a aclarar espaços para os centrais terem maior sucesso no passe, e os avançados terem apenas pressão nas costas.
3- Procura da profundidade. Quer pelos avançados, quer pela entrada de médios vindos de uma segunda linha. Nesse momento haverá um movimento de aproximação do avançado para contrastar com o de ruptura do médio, por forma a confundir a linha defensiva. Rodrigo e Lima serão muito importantes neste momento do jogo para condicionar o momento de construção de Bonucci, bem como o de Pirlo. A minha solução passaria por fechar Bonucci e pressionar os outros centrais, obrigando-os a jogar nos alas, que sem apoios seriam “presas fáceis” para a recuperação de bola por estarem entregues à sua capacidade individual.
Nos próximos dias, analisaremos o que sobra deste jogo.
Sobre as individualidades, já analisadas, aqui.
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