
Há vários anos atrás, ainda antes do início do blog, desloquei-me a Inglaterra para com o Sir Luís (um dos autores do início do blog) que por lá vivia e vive, ter uma reunião com a ProZone. Tínhamos algumas ideias que acabámos por não cumprir. Eramos bastante jovens e isso preocupava-me. De que forma seriamos recebidos por um representante dum software que dava os primeiros passos mas que já tinha uma dimensão assinalável. Na apresentação recordo que entre outras equipas / selecções que já o usavam, o exemplo da selecção espanhola, que tinha requerido os seus préstimos na última grande competição em que havia participado. O sir sossegou-me antes da reunião. “Aqui não há preconceitos. Isto não é como Portugal. Não interessa se és jovem, branco, preto, gordo, com tatuagens ou brincos. Desde que sejas bom, podes ter o aspecto e a idade que tiveres que apostam”
Dier, um dos centrais que promete marcar o futebol mundial nos próximos anos estreou-se hoje numa Liga que já o chamava há muito tempo. Uma estreia para recordar para sempre. Hoje, o mesmo lamento desde o primeiro texto sobre o central inglês. Que pena não ser português. Qualidade técnica táctica e um perfil assombroso de liderança. Sem nunca ter experimentado muito o contexto da nossa Liga sabemos que o melhor central formado em Portugal desde Ricardo Carvalho evoluirá agora num jogo mais rápido e mais forte que o obrigará a estar sempre ligado. A dar respostas mais rápidas. Para o seu desenvolvimento saiu no momento oportuno. O estímulo maior fá-lo-à crescer. Mesmo que devesse ter chegado à Premier League com três vezes mais jogos do que os que leva.
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