
Jogas, competes, trabalhas durante a semana para melhorar, e ganhas, empatas ou perdes.
Seguramente um dos melhores treinadores do mundo na actualidade. Seguramente o treinador que mudou completamente o rumo do Dortmund. Poderá ser dito, e é verdade, que nunca houve tanto investimento na equipa como actualmente. Mas também, nunca tinha sido conseguida uma percentagem tão elevada de vitórias sobre derrotas e empates, com a televisão a cores.
Todos os anos o Dortmund tem perdido os seus melhores jogadores, para os grandes (do ponto de vista financeiro) europeus. Todos os anos Klopp lhes diz que, lá não vão aprender mais do que aqui. Não são clubes melhores que o Dortmund, apenas pagam mais. E assim, o treinador, ano após ano, procura inventar soluções e procurar alternativas para colocar o clube a competir, e tentar ganhar, sem as mesmas condições de outros. O Dortmund forma, para os grandes levarem quando eles tiverem prontos para render todos os jogos. No ano passado, uma devastadora onda de lesões. Este ano, os problemas iniciais com os seus melhores jogadores. O modelo de jogo está lá, tem imenso valor, é ofensivo e defende com qualidade. É de difícil interpretação para os jogadores, pela grau de exigência ao nível do posicionamento. É o segundo melhor plantel, ao nível da qualidade individual do seu campeonato, mas está muito perto de entrar em zona de despromoção na tabela classificativa. Não obstante disso, tem três vitórias na Champions, sem qualquer golo concedido (15 sofridos no campeonato em 9 jogos).
O que se diria de Klopp se estivesse no campeonato em Portugal? Que só ganha os jogos contra adversários de maior ou igual valia individual?! O que se diria de Jesus se estivesse quase a pisar os lugares de despromoção, e fosse em primeiro lugar na Champions, tendo pelo caminho ganho o jogo contra o Sporting?
É só mais um ano onde Jesus, como Klopp, não tem a melhor equipa a nível interno, não tem tantas soluções como os seus adversários, tem muitos problemas com lesões dos seus melhores executantes, e ainda assim se acha que eles podem competir em todas as frentes de igual forma.
É só mais um ano onde Jesus, como Klopp, não tem a melhor equipa a nível interno, não tem tantas soluções como os seus adversários, tem muitos problemas com lesões dos seus melhores executantes, e ainda assim se acha que eles podem competir em todas as frentes de igual forma.
Em Portugal ainda se pensa que os treinadores usam de fórmulas mágicas, e que têm poderes sobrenaturais, que os fazem jogar pelos jogadores. Um dos efeitos negativos da arrebatadora passagem de Mourinho por Portugal. Hoje, pergunta-se a Mourinho sobre a sua história, e ele responde: no Porto, no Chelsea e no Inter tinha a melhor equipa. Tinha de vencer o campeonato, porque não tinha ao nível interno adversários para competir. E assim foi.
E quando há adversários do mesmo nível? As vezes ganhas, as vezes empatas, as vezes perdes. E quando o adversário é superior? Ganhas poucas vezes, empatas algumas, perdes a maioria. E o que importa, aí, é que consigas competir. São dinâmicas do desporto, do futebol, dos jogos.
Seguramente que Jesus é melhor do que muitos dos candidatados seleccionados pela FIFA. Seguramente que Klopp também o é, não tendo conseguido uma tão forte dinâmica de vitórias na época anterior. Nos últimos cinco anos, Jesus e Klopp andaram juntos pelo TOP dos treinadores mundiais, e talvez só sejam reconhecidos quando começarem a ser de forma regular COMPRADORES, e mantiverem todos os anos os seus melhores jogadores. Talvez, quando treinarem quatro/cinco jogadores que lutem pela Bola de Ouro se consiga perceber a real qualidade destes dois fantásticos treinadores.
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