
Da equipa do Basel neste jogo, nenhum jogador seria titular no Porto, no Benfica, e nem sequer no Sporting. Individualmente, jogou contra Varane, Ramos, Coentrão, Kroos, Isco, James, Bale, Benzema, e Ronaldo. Fez o que lhe competia, competiu. O Madrid criou uma ocasião clara de golo na primeira parte, e uma na segunda. O Basel criou 3 no jogo todo. Não gosto de estatística por estatística, mas por curiosidade no final do jogo fui verificar e o jogo acabou com um equilíbrio incrível na posse de bola (47% – 53%), 18 remates para o Basileia e 8 para o Real Madrid, e 6 cantos para cada lado. Mas a informação mais interessante apareceu no passe: o Real Madrid fez 72 passes longos, e o Basel 42. Com menos qualidade, Paulo Sousa faz mais jogo de toque curto que o campeão europeu. Seria expectável que, num jogo contra individualidades tão superiores, o estilo de jogo fugisse para o aproveitamento da transição ofensiva, com sucessivos passes longos para a profundidade, mas o que se verifica é precisamente o oposto. Mesmo contra os grandes mantém a sua ideia de jogo, aquilo que treina todos os dias. Aquilo que trabalha, a ideia que usou para convencer os seus jogadores. Não tivesse um grande central a jogar como ponta de lança (Breel Embolo – Estragou todos os lances em que tocou na bola, e não foram poucos), e o resultado talvez tivesse sido diferente.
Muito interessante este modelo de jogo, daquele que é um dos melhores jogadores da história do pequeno Portugal. Poderá a sua inteligência de jogo ter sido traduzida em conhecimento do jogo, do treino, e transformada num modelo de jogo capaz de tornar grandes os bons, e bons os medíocres?! “De medíocre a sobrevalorizado vai um grande treinador de diferença”.
Já pede por jogadores melhores com certeza.
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