
Ainda em Agosto referiamo-nos a Pizzi aqui
“….Pizzi é de facto um jogador que se diferencia bastante de Bebé e Sálvio sobretudo pela constante procura da melhor opção. Pelo toque refinado na bola e a cabeça levantada. Algumas dúvidas sobre a sua capacidade para ser fiável nos momentos defensivos, porém.“
“Desde sempre que neste espaço foi sendo referida a agressividade como uma característica determinante no futebol moderno. Todavia, o sentido de agressividade totalmente oposto ao que comumento é interpretado. Ser agressivo no sentido importante do termo não é bater mais no adversário, ou entrar mais duro. Tão pouco adoptar uma postura intimidatória. Ser agressivo é ser mais rápido sobretudo mentalmente antecipando cenários, não se coíbindo de colocar depois as capacidades condicionais ao serviço das acções que a mente vislumbra.
Porque em jogos recentes Pizzi foi ao chão duas ou três vezes para recuperar bolas, nas caixas de comentários surgiram algumas opiniões de que o português estava a melhorar nesse sentido e que a sua diferença para Enzo estava a esbater-se. Não está e dificilmente estará. A agressividade de Enzo é de facto mais perceptível quando observamos o seu gesto motor. A forma como acelera na direcção do portador da bola, e como vai ao chão se tal for necessário para recuperar a bola. Porém, é na leitura do jogo que o argentino é e será muito mais agressivo que qualquer outro. Na forma como antecipa cenários.
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Agressividade defensiva é isto. Ou melhor, não é. Quer Pizzi quer Cristante são em termos motores e físicos capazes de correr a uma velocidade bastante superior aquela a que se moveram na situação que culminou com o segundo golo bracarense. O problema é que as suas mentes não foram sufientemente inteligentes para perceber a situação de jogo e adoptarem posicionamentos e reagirem em função desta. Qualquer um deles se antecipa o lance tê-lo-ia resolvido. Pizzi incomodando o portador. Cristante ou saindo ao portador ou não o fazendo, integrando a linha defensiva para que um dos centrais pudesse sair.”
Depois da muito boa exibição do português frente ao Vitória de Setúbal, o seu treinador referindo-se a Pizzi nos exactos mesmos moldes a que o haviamos feito.
“Ele não conhece muito os momentos defensivos de um jogador naquela posição. Está melhor neste aspecto porque ofensivamente tem muita qualidade. É um jogador que em cinco passes falha um. Às vezes digo-lhe isto a ele “Se o futebol fosse como o Andebol, era sempre Pizzi e mais dez. Quando estivermos a atacar jogas sempre, mas quando estivermos a defender sais” Jorge Jesus.
“Defensivamente é pouco agressivo, mas com estas equipas não precisamos de um jogador tão forte nesse processo” Jorge Jesus.
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