Sobre um comentário anterior – “Estes comportamentos da linha defensiva parecem tão lógicos que é difícil (para quem desconhece) imaginar que se defenda bem de outra forma.” – é perguntar aos homens do saber táctico infinito qual é a forma que adoptam para defender. Em Itália é que se defende bem, dizem. Defendia-se bem, sim, quando era Sacchi a comandar a equipa. Treinadores que, estão constantemente no top e são considerados a nata do treino, do jogo, por marcarem presença constante nos momentos de decisão. Mas olha-se para as suas equipas colectivamente e percebe-se que só lá andam pela qualidade individual que têm ao seu dispor. Treinadores que têm nas suas equipas jogadores que lutam pelos prémios individuais mais notáveis, torna-se difícil é não aparecer nesses momentos tão poucos são os grandes com treinadores com ideias à sua medida. Este Ancelotti, que andou com Sacchi, foi treinado por ele, cresceu como treinador perto dele, faz lembrar a velha história que o Nuno do Entre10 conta sempre – “As empregadas do Louvre também por lá andam todos os dias, mas não é por isso que percebem alguma coisa de arte”.
Não há qualidade de jogo ofensivo, não há qualidade de jogo defensivo. Ao que eu pergunto, qual foi o critério que levou a que fossem estes os escolhidos para liderar dois gigantes europeus? A resposta é fácil e o público não gosta. Não acham possível que no alto rendimento se escolham treinadores como na mais baixa divisão distrital em Portugal, pelo estatuto.
Deixe uma resposta