
Um estudo realizado no ultimo campeonato do mundo, trás informação interessante.
Pegaram nos dados estatísticos dos jogos, acessíveis a qualquer pessoa e foram ver a influência que cada categoria estatística teria na probabilidade de vencer, empatar, ou perder o jogo.
Chamaram a atenção para os jogos de margem mínima, dado que quando chegamos a meio de um jogo e uma equipa já está a ganhar por 3 ou por 4, é normal que o adversário “desista”. Se o resultado estiver com diferenças mínimas até ao final, as duas equipas vão teoricamente continuar a tentar jogar no máximo das suas capacidades.

Estes resultados vêm validar algumas ideias interessantes:
- Rematar por rematar, sem estar em boas condições de ao menos acertar na baliza, é parvo
- Cruzar, que deveria ser um passe para um colega que está em zona de finalização, não o é. Na maioria das vezes é um “meter lá a bola”, e quando assim é, a “menina” é de todos. Quando é de todos, a probabilidade de ficar na nossa equipa é de 50% na melhor das hipóteses, sendo que se na área estiverem 2 avançados para 4 defesas, a probabilidade é muito menor de certeza absoluta. E é por isto que tem efeitos negativos na probabilidade de vencer.
- Drible, apesar de ser vistoso, é uma situação de (normalmente) 1v1, mais uma vez vai aproximar a probabilidade de sucesso de 50%, o que é muito inferior a resolver essa situação com 2v1. Dai também não ajudar a vencer os jogos.
- Cartão vermelho é óbvio.
Não é o jogar a Barcelona, ou o jogar a Bayern que ajuda a ganhar os jogos. O que ajuda a ganhar os jogos é aproximar todas as acções e decisões de altas probabilidades de sucesso.
- Se posso rematar com tempo e espaço para olhar e desviar do guarda redes, é melhor do que rematar com 3 pessoas a frente e mais duas a puxar a camisola
- Fazer passes curtos, é mais fácil e mais seguro do que passes longos. Passes longos são de difícil execução e de difícil recepção, aumentando assim a probabilidade de se perder a bola. Logo, apesar de poderem resolver alguns problemas… são de evitar. Passes curtos garantem que há sempre vários jogadores perto da bola, o que aumenta a probabilidade de a recuperar, se a perdermos.
- Tabelar é melhor do que driblar. Porque resolver os problemas colectivamente é mais fácil do que individualmente.
As equipas que se baseiam nestas ideias, tendem a vencer mais vezes. Podem perder de vez em quando, mas vão vencer mais vezes do que as outras.
Rematar de longe, cruzar que nem um louco, pegar e fintar toda a gente, aqui e ali pode resolver um problema e ganhar um jogo, ou 2 ou 3, mas não vai chegar para a longo prazo vencer mais jogos.
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