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Quem o afirma é Cláudio, o Guarda Redes do Tondela que foi suplente de Matt Jones no período em que Vitor Paneira liderou a equipa.
É gratificante perceber que há neste desporto quem consiga raciocinar ignorando os chavões e ideias habituais. Maior o impacto quando se trata de um habitual suplente.
Cláudio sai valorizado. Se não pelas suas qualidades enquanto guarda redes, pelo seu carácter e percepção de que no futebol a derrota não traduz necessariamente incompetência. Tal como a vitória não garante a competência.
Vitor Paneira, sempre elegante e inteligente enquanto pisava os relvados, prometia numa equipa demasiado fraca individualmente mostrar credenciais.
O pequeno Tondela procurava com Paneira crescer. Percebiam-se as ideias e mesmo nos jogos de dificuldade elevada nunca abdicava de atacar e ter um futebol positivo. Penaltys falhados nos últimos minutos e golos sofridos na compensação retiraram pontos importantes. Porém, lamentável não é a pontuação com que Paneira deixa a sua equipa (e ainda assim acima da linha de água). Lamentável é que não se tenha percebido que o caminho estava a ser bem desenhado. Que a cultura do apenas defender e a prática do anti-jogo nunca acabará premiada. Nem que a vitória passe para seis pontos e o empate se mantenha a um, haverá sempre quem abdique de jogar. Até quando serão esses os premiados?
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