
É no seu habitual 4231 que a equipa de Mourinho recebe o FC Porto no jogo mais importante da época. Porque tudo o que sobre é a Liga dos Campeões.
Um Chelsea débil nos momentos de organização ofensiva. Apesar da muita qualidade individual, não há um modelo que privilegie este momento específico do jogo. E logo aquele momento em que a equipa azul passa mais tempo no jogo. Faltam linhas de passe, faltam centrais que na construção provoquem e criem desde logo desequilíbrios. Muito forte na transição quando Hazard parte do corredor lateral para o central. Muito forte nas bolas paradas. William com uma percentagem de acerto anormal de tão concretizadora nos livres directos. Mesmo com um modelo incompleto, um dos menos aprazíveis de Mourinho, um momento de transição ou de bola parada poderá acabar por fazer a diferença pelos onze argumentos que o Chelsea faz subir ao relvado.
FC Porto em 433 em Londres, depois do jogo nacional onde provavelmente foi mais forte na criação nos tempos mais recentes.
Individualmente com Brahimi e Jesus Corona a criarem os desequilíbrios necessários, sempre orientados para o corredor central, o FC Porto torna-se mais imprevisível e com maiores soluções. Assim Lopetegui utilize em simultâneo os dois craques. Em Londres para um jogo previsivelmente de maior tempo em organização defensiva. Um possível pivot defensivo a meio constituído por Danilo e Herrera limitará a saída rápida na transição, onde os dois melhores jogadores azuis poderiam fazer a diferença. Dificuldades na abordagem aos lances defensivos por Maicon ou Layon, perante oposição tão forte trarão complicações num jogo em que o Chelsea está obrigado a vencer.
Finalmente uma oportunidade para se poder predizer o que vale o conjunto de Lopetegui em organização defensiva. Mérito para o FC Porto por se manter tão poucas vezes nessa situação. Contrastando com o demérito que por vezes demonstra em ser incapaz de criar com assertividade.
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