
Não são os titulos intermináveis, ou sequer a sua presença assídua sempre nos quatro melhores da Europa. Que não sendo nunca obrigatórios, também nunca causaram surpresa.
O grande mérito de Guardiola é indubitavelmente a aura que conquistou. Aura tão acentuada que quem pretende desvalorizar o seu trabalho defende acérrimamente ser um escândalo (seria) que o tetra campeão Italiano, finalista da última liga dos campeões e com um plantel recheado do que de melhor há por essa Europa fora (Dybala, Moratta, Bonucci, Alex Sandro, Pogba, Marchisio, Chiellini, Mandzukic, Khedira, etc) eliminasse o seu Bayern.
Questionava o Bergkamp sobre isso. “O Bayern é assim tão melhor individualmente que seja uma vergonha ser eliminado pela Juventus?”. “Só parece ser porque a sua maneira de jogar faz parecer que são muito melhores” disse-me.
É este o legado de Guardiola a nível internacional. Um pouco como o de Jorge Jesus a nível nacional. A Jesus não importa se está numa equipa que nunca lutou verdadeiramente pelo primeiro lugar na última década em Portugal. A Guardiola não importa se há outras tantas equipas tão ou melhor apetrachadas como a sua. Guardiola, se é bom tem de ganhar. Não importa que do outro lado se tenha Messi, Aguero, Zlatan ou Ronaldo. Se não ganhar é porque não é bom. Como se não fossem os jogadores a jogar o jogo.
Só nos quartos de final da Liga Milionária há quatro equipas individualmente tão ou mais fortes que a sua. Barcelona, Real Madrid, PSG e City. E se tem dúvidas sobre isso… acaba de descobrir que é esse o seu maior mérito!
Deixe uma resposta