Como já foi referido por aqui, são de facto muitas, as equipas que tem optado pela saída a 3.
No entanto, pelo que tenho observado, não são assim tantas, aquelas que retiram mais valias dessa dinâmica.
Sair a 3 potencia a amplitude da construção, ao mesmo tempo que diminui o número de jogadores envolvidos. Este comportamento permite às equipas ligar o seu jogo ofensivo a partir dos 3 corredores (sem nunca fechar linhas de passe exteriores) e aumentar o nº de jogadores à frente da linha da bola.
No exemplo que apresento, destaco dois “pormenores”: o posicionamento do lateral e a progressão em condução, feita pelo central.
Há espaço para progredir? Existem jogadores para fixar e hipóteses de libertar num colega que receba nas costas do adversário? Então faz sentido a condução. Por isso, valorizo equipas que demonstram intenções de dar tempo e espaço aos defesas centrais, para que eles possam começar a desequilibrar desde trás.
Em relação ao posicionamento do jogador que oferece linha de passe exterior, será importante que este se coloque para lá da linha do médio ala. Se a bola entrar, esse jogador já terá sido ultrapassado e criará uma duvida sobre quem saíra na contenção.
Obviamente que isto não é uma regra nem terá de ser um padrão invariável. Mas, como temos observado, existem inúmeras equipas que pretendem sair a 3, mas acabam por construir a 4 ou 5, com regularidade.
Dar protagonismo aos centrais é acreditar que eles são capazes de fazer algo mais, do que um passe de cinco metros para o craque que vem “buscar jogo”.
Um posicionamento possível da primeira fase de construção do Benfica que podia potenciar esta saída a 3, seria puxar o André Almeida para 3º central (uma vez q acrescenta pouco na linha) com o Lindelof e Luisao.
Deixando a largura para o Cervi, avançando Fejsa e colocar o Pizzi solto na fase de criação e dentro do bloco.
O que vos parece?
Numa situação em que o adversário pressiona alto, que benefícios se podem tirar deste tipo de construção sendo que os centrais não podem progredir?