
O espaço escasseia e antecipar tudo é decisivo. Enganar ou mudar a decisão num milésimo porque contexto mudou é algo só ao alcance dos melhores.
Hoje estar bem posicionado pode não ser suficiente. Tudo é muito rápido e a própria orientação corporal importa bastante.
Num grupo de futebol discutia-se a definição da contenção e em como tantas vezes o melhor é fazer diferente.
Na transição ofensiva do Real Madrid, um compêndio de bom futebol. A orientação corporal de Marcelo em função dos hábitos e características do adversário directo. Modric enquanto aguarda que a bola chegue a observar tudo. Isco a percepcionar tudo a uma velocidade incrível, dois avançados a moverem-se para dar opções para a saída para a transição, num ataque rápido de uma das equipas da Europa que mais vale a pena conhecer. Precisamente pela forma como controlam e decidem contextos favoráveis.
A era de Messi é também um dos períodos do Real Madrid com menos títulos domésticos. Porque os campeonatos se vencem mais na regularidade (de qualidade) do que no detalhe (como a Liga dos Campeões), tem sido extremamente difícil poder competir contra uma das melhores equipas da história do jogo.
Zidane traz para Madrid o terceiro título merengue nos últimos dez anos, isto depois de cinco anos sem que o Real terminasse campeão.
Resgatado o prodígio Isco para a equipa, juntando-o a Kroos, Modric, Benzema e aos golos de um cada vez mais participativo Ronaldo, e o regresso de um futebol encantador em Madrid. Zizou lidera uma das propostas mais agradáveis do futebol europeu. Primazia total por um jogo de decisões, de inteligência, de qualidade técnica. Uma equipa que identifica quase na perfeição os momentos para acelerar ou pausar o jogo. Para entrar em organização ou sair em transição.
O nível técnico, de decisões e de velocidade a que se tomam as mesmas decisões é um absurdo e este Real que prova a importância do cérebro no jogo moderno, não só quebrou o jejum doméstico como tem condições para ser a primeira equipa bicampeã europeia desde o novo formato da Uefa Champions League.
Isco, Modric e Kroos, tanta qualidade junta.
….e acima de tudo, Real Madrid a ser Equipa!….e Zizou a dar uma chapada sem mão, em quem duvidou dele, como eu por exemplo…Agora sim, dá um prazer brutal ver o Real jogar, BRAVO!!!!
…em perspetiva uma grande final da Liga dos Campeões!!!