“Aqui a equipa move-se como um bloco”. Diferenças tácticas.

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Ele trabalha muito a nível táctico, e o Sporting tem uma forma de defender diferente do Barcelona. No Barcelona, estamos um pouco sozinhos na defesa. Aqui temos de nos mover todos, colectivamente. Temos de defender todos juntos, a equipa move-se como um bloco.

Mathieu

Porque é a nossa Liga, tantas vezes a paixão não permite entender a razão. A diferença do nível individual dos jogadores que jogam em Portugal (salvo raras excepções) para aqueles que surgem nas melhores equipas na Liga dos Campeões, é de tal forma absurda, que quase não parece o mesmo desporto.

Quando com toda a naturalidade as equipas portuguesas caem na Liga dos Campeões, perde-se demasiado tempo a debater opções técnicas e estratégicas dos treinadores das melhores equipas portuguesas, quando na verdade, é a sua competência que torna possível competir a tal nível.

As declarações do defesa francês não são novidade para os mais atentos. O nível táctico de uma franja de treinadores portugueses é bastante superior ao nível de tantos outros que acabam por chegar bem mais longe, porque as diferenças individuais são de tal forma gritantes que apenas um milagre poderia fazer equilibrar as eliminatórias. Ainda que o reconhecimento não se faça sentir de forma totalmente merecida, não é de estranhar que mais uma vez, seja a nacionalidade portuguesa a mais representada na classe dos treinadores, na Liga dos Campeões.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

6 Comentários

  1. “A diferença do nível individual dos jogadores que jogam em Portugal (salvo raras excepções) para aqueles que surgem nas melhores equipas na Liga dos Campeões, é de tal forma absurda, que quase não parece o mesmo desporto.”…não será a mordaça táctica dos Treinadores portugueses (pelo menos os da velha guarda, onde eu insiro o vosso tão elogiado JJ) que mata o nível individual dos jogadores??

    • Não. É fácil de entender o quanto têm razão olhando para a dificuldade que os melhores jogadores no campeonato português têm em sobressair lá fora. São tantos…

      • …porque amarrados nas inteligentes tácticas, nunca tiveram espaço para fazer progredir valências como a inteligência, técnica, e quiçá outros predicados….e se observares bem, os que saíram cedo das amarras das tácticas dos Treinadores Sol, até se safaram bem lá fora, pelo menos os que tinham o perfil mental para isso, e claro as valências técnicas…no passado Figo, R. costa, Paulo Sousa, Couto, Ronaldo, mais presente, Bernardo, Dier, Cancelo, e acredito muito no André Gomes, Renato, Ruben, André Silva, Semedo, Geraldes (se tiver a sorte de sair das mãos do cérebro, sim o tal, que se dá ao luxo de por o Bryan Ruiz a treinar à parte, é o que dá pensares de mais o jogo Bryan) e outros….
        …mas, também reparo com agrado, que começa a haver uma corrente diferente em Portugal, como podemos constatar nas palavras de André Horta (agora no Braga, que formou uma bela equipa para esta época, vamos ver se o Abel se confirma), hoje no jornal “o Jogo” “”É uma proposta de jogo de toque, a equipa gosta de jogar, há liberdade com a máxima responsabilidade….”….há por aqui uma nova corrente de Treinadores que pensa que o jogo tem que ser mais entregue ao jogador, que é quem resolve os infinitos problemas com que se depara ao longo do jogo….creio que teremos futuro, quando deixarmos de idolatrar Treinadores Sol…

        • Que abordagem excessiva.

          Um aspecto, o Mathieu estava a falar em defender, e aí, podes não gostar do Rei-Sol, mas ele é topo mundial.

          O que o Luís Enrique fazia, segundo o Mathieu, é o que preconizas e os resultados não foram brilhantes.

          “Ah mas eu estava a falar do ataque”, dizes tu, pois, mas o post era sobre defender.

          Um abraço,

          • Boas Gonçalo,
            mais que uma abordagem excessiva, o que eu pus foi uma questão: “A diferença do nível individual dos jogadores que jogam em Portugal (salvo raras excepções) para aqueles que surgem nas melhores equipas na Liga dos Campeões, é de tal forma absurda, que quase não parece o mesmo desporto.”, não será a mordaça táctica dos Treinadores portugueses que mata o nível individual dos jogadores??
            …faço uma comparação, na formação creio que chegámos já uma conclusão que os Papás muitas vezes estragam o processo formativo dos Cachopos, mas não matará também o paternalismo táctico dos treinadores portuguesas muito jovem jogador?…é uma questão…
            Abraço.

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