A melhoria da organização e da competência das equipas nos vários momentos do jogo trouxeram um decréscimo assinalável nos golos sofridos em organização defensiva. Hoje, a maioria das equipas defende com qualidade e mesmo as que não têm grande pormenor ou até defende menos bem conseguem criar problemas a quem ataca, nem que seja pelo baixar do bloco e amontuado de pernas que existe em tão pouco espaço do campo.
Assim, torna-se fundamental potenciar e aproveitar as situações em que a equipa adversária não coloca tantos jogadores a defender e/ou onde há mais espaço. Hoje em dia, o momento de transição ofensiva é cada vez mais explorado para se chegar à frente com melhores condições (espaciais, numéricas e temporais) para terminar a jogada com situação de finalização.
O 3º golo do Tottenham é um exemplo claro disso. 2 passes e uma condução a levar a bola de uma àrea à outra em poucos segundos. Quanto à jogada, recuperação baixa dos Spurs, passe vertical para fora do centro de jogo após o ganho da bola, não permitindo à equipa do Fulham reagir e tentar recuperar onde perdeu. E depois disto, com menos jogadores atrás da linha da bola e com um meio campo para definir, alguns princípios básicos: ocupar rapidamente os 3 corredores, condução pelo corredor central procurando fixar e definir com qualidade (ou isolar alguem ou resolver individualmente, por exemplo bater na baliza se os jogadores retirarem em demasia e nenhum sair na bola).
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