Desafios de um jogo moderno – Por trás da chouriçada de Tagliafico

O muito valoroso lateral argentino estreou-se com dois golos na actual edição da Liga dos Campeões. É o terceiro golo do Ajax que nos importa dissecar, porque tem origem numa das maiores dúvidas que os treinadores enfrentam nos dias de hoje, na hora de modelar e preparar estrategicamente as suas equipas para os jogos.

Como defender a projecção em profundidade dos laterais, para próximo da última linha?

Trazer os alas para marcação individual, aumentará o número de jogadores na linha defensiva, permitirá mais espaço para que se possa receber contra apenas uma linha (afinal, a segunda linha (média) passa a ter menos elementos, além de que após recuperação há mais metros para percorrer até se chegar à baliza adversária.

Manter a orientação das linhas, envolve uma coordenação colectiva muito maior. Seja no fechar dos espaços em largura para que a bola não passe por entre médios para a zona da superioridade numérica, seja na tomada de decisão sem bola do lateral! É sempre um erro sair para encostar no apoio frontal, antes de a bola ter saído, sendo até mais vantajoso esperar até que a bola saia do pé do portador para tomar decisão (ir a quem pediu em apoio frontal, ou a quem recebeu fora…).

O AEK optou por defender zona a projecção de Tagliafico, mas sem a tal coordenação e boa tomada de decisão do lateral (esperar antes de sair aos movimentos adversários), acabou penalizado. Mesmo que num lance de tanta beleza como involuntariedade.

 

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*