
Perante uma equipa de qualidade individual superior, o Shakhtar de Paulo Fonseca voltou a demonstrar competência e personalidade em cima de uma estratégia ofensiva que assentava em aproveitar o espaço ao lado dos médios adversários através da deslocação dos alas (Taison e Marlos) de dentro para fora do bloco.
O Lyon posiciona-se num 5-2-3 em Organização Defensiva que protege muito bem o corredor central, mas que oferece um espaço enorme ao lado dos dois médios, o que é natural, dado que, a linha média é composta apenas por dois elementos como se pode verificar na imagem.
Identificada esta situação estratégica do Lyon, Paulo Fonseca e a sua equipa técnica definiram que a melhor forma de aproveitar este espaço seria colocando os alas a receber por fora do bloco do conjunto francês. Curiosamente, o brilhante golo da equipa ucraniana iria nascer de um movimento para fora do bloco de Marlos que lhe permitiu receber enquadrado para a baliza e posteriormente, ligar com Taison que, também, se encontrava fora do bloco.
Mas o golo só chega indiretamente desses “pedidos” já com muita coisa pelo meio.
Não é um resultado direto.
E o jogo no global do Shakhtar, foi bastante mais impreciso do que é normal.
Lampejos, mas muitas perdas no toque.
Outra coisa que se nota é a falta de alguma agressividade para momentos de “desespero”.
A paciência de circulação e preparação é boa, mas há situações e timings onde é necessário estar capacitado para acelerar mais e trazer surpresa de modo mais contínuo.