
- Jogo tremendo em quase todos os momentos e aspectos por parte do Vitória. Quer no processo ofensivo até chegado ao último terço, e ai a individualidade ganha maior preponderância, quer no defensivo na forma como impediu a equipa de Bruno Lage de ser o que pretende ser! Dominadora e controladora com bola. Não merecia tal resultado!
- SL Benfica praticamente sempre incapaz de assumir o jogo em ataque posicional, fruto da competência do adversário, mas com um crescimento defensivo bastante notório, e expresso na forma como a equipa nas dificuldades, optou por manter o bloco junto e não se perder em momentos para sair a pressionar que o condenassem ao insucesso e a defender com menos e com mais espaço entre elementos;
- A aposta continuada em Gabriel no corredor central, trouxe ao Benfica uma competência em Organização Defensiva que simplesmente não tem quando Pizzi ocupa a posição. E a curiosidade de ter sido o brasileiro num recorte individual de elevado nível quem criou o lance que sentenciaria a partida
- O golo dos encarnados, mesmo que num lance um pouco isolado do pendor da partida, a provar a importância de se poder entrar pelo corredor central. Ai, o adversário ou mantêm posicionamento afastado e permite que bola passe por entre defesas, ou junta para impedir chegada à finalização, e abre espaço fora. Ora veja:
Após os últimos jogos do Benfica e do Porto, qual será o desfecho mais provável no próximo jogo?
E estranho no nosso campeonato o dito pequeno arriscar para ganhar. Bela mentalidade ! Como tinha dito, a segurança defensiva do Benfica a permitir o discutir o resultado até ao fim.
A estrategia ofensiva ( o Luis Castro falaria de dinamicas) do Guimaraes da segunda parte foi letal, depois da grande batalha estrategica da primeira parte. Jogar alto, impedindo à perda da bola, a abertura do Benfica ou ganhando as segundas bolas. Agora, nao é por falta de qualidade de jogadores na finalisaçao como dito no artigo que o Guimaraes pecou mas porque no ultimo terço, havia muita inferioridade numerica devido à estrategia ofensiva. Houve pouco perigo sem ser certas segundas bolas que podiam ser fatais.
O Benfica resolveu o jogo numa grande jogada tactica do Gabriel depois doutra grande jogada um minuto antes do Rafa. A diferença foi nesses detalhes como muitas vezes e o Benfica sobrevive graças a esses fogachos. O Rafa voltou e permitiu disfarçar mais o jogo pouco modelado; esse pouco de trabalho de entrosamento mete mais a nu as fraquezas tacticas de alguns jogadores (AA, Cervi, Samaris, castillo…) que destroem as poucas dinamicas. O pizzi como sempre a desaperecer nestes tipos de jogos devoradores de espaços e espero que o Lage tenha coragem de o sentar para jogar o Rafa. Mais jogadores de Finta a associar se e mais ligam as dinamicas mesmo pouco modeladas. O trio Gabriel/Rafa/Félix promete.
Tacticamente um jogo espectacular. Luís Castro montou bem a equipa para fazer frente a este Benfica, mas o lage também o fez muito bem. É verdade que na maior parte do jogo o Guimarães controlou, mas também é certo que nunca o fez com verdadeiro perigo, e as melhores oportunidades surgiram de erros do Benfica, enquanto que do lado contrário, o Benfica, conseguiu chegar várias vezes à zona de finalizacao e praticamente sempre, não por erros do adversário, mas por mérito próprio. Penso que o Benfica ainda tem que melhorar muito na saída de bola, quando o conseguir fazer com maior velocidade pode ser um caso sério e possivelmente irá aparecer muitas vezes em situações de 1 para 1.. Para concluir, é pena este vitória já estar tão distante pois é sem dúvida uma bela equipa e muito bem montada!
Concordo plenamente com o post. Quanto a Gabriel estão à vista as melhorias da equipa e do seu rendimento nesta fase. Só o Freitas Lobo é que não vê…ontem disse uma série de vezes que aquele lugar era do Pizzi q é o maestro e q devia ser o gabriel a sair. nao sei que jogos tem visto…
É de certeza a minha ignorância ou até costela pragmática, mas alguém aqui me pode dizer quantas oportunidades reais de golo teve o Guimarães?
Houve superioridade clara do Guimarães em posse de bola, ataques, remates enquadrados, cantos, durante o jogo?
Continuo a achar o seguinte do meu benfica: Defensivamente a equipa está mal trabalhada pois têm mecanismos que não potenciam a posse e controlo de bola, e como tal, sempre que não têm bola defende-se, isto é, recua em demasia para retirar zonas de entrada de bola ao adversario. Esta forma é tipica de equipa pequena onde depois tenta um rasgo em contra ataque…Porém, quando recupera equipa fica distante da baliza adversaria e mais sujeita a pressing adversario. A equipa deve trabalhar melhor a defesa, sempre mais alta, e controlar melhor a linha média adversaria atraves de pressing para que os passe de rotura nao entrem(por vezes não é necessario marcar HH e basta retirar a linha de passe para neutralizar adversarios).. Os 2/3 elementos do miolo em conjunto com os laterais devem ter outra postura individual e coletiva.. No meu ver o Gabriel só terá lugar no benfica a jogar a “6” com as devidas limitações que possa apresentar… A nivel ofensivo a equipa precisa de estabilizar muito com bola, na sua defesa e linha média, sempre no meio campo adversario, para que permita movimentos de rotura, tabelas e desmarcações na frente, junto à baliza.
O Gabriel é um jogador horrível, um especialista em fazer parvoíces de toda a ordem e sentido (com bola então chega a ser patético, descoordenado em termos motores, não tem qualquer ideia do que fazer com a bola). Só mesmo o Rui Vitória para fazer finca-pé perante um artista destes. Dito isto, é evidente que o Lage e a nova forma de jogar o beneficia bastante e até pode ajudá-lo a entender algumas coisas. O jogo físico dele faz lembrar o Enzo Perez, que tanto deu ao Benfica em 442 (com mais qualidade técnica mas não muito mais). Ontem foi um jogo difícil para todos, com poucos espaços e muita coordenação dos dois lados e também muito equilíbrio. Ligeiríssimo ascendente do Vitória mas sem grande perigo e a maior valia individual a fazer a diferença (a entrada do Rafa deu a vitória ao Benfica, na minha opinião). Parabéns aos dois treinadores, que merecem contextos com mais qualidade individual. O Bruno Lage demonstra, mais uma vez, que não é preciso muito tempo, nem muito treino, para colocar uma equipa de abéculas a jogar um futebol mais ligado e com muito mais intenção a todos os níveis. O conhecimento do jogo e as ideias/convicções próprias fazem mesmo maravilhas.